Rosto de escravo crucificado há 2 mil anos é recriado

A crucificação, uma pena de morte conhecida pela história de Jesus Cristo, foi usada por centenas de anos – tanto antes quanto depois da época do profeta e líder religioso do século 1.

Rosto de escravo crucificado há 2 mil anos é recriado
A crucificação, uma pena de morte conhecida pela história de Jesus Cristo, foi usada por centenas de anos – tanto antes quanto depois da época do profeta e líder religioso do século 1. Apesar de ter sido comum no mundo romano, suas evidências são extremamente raras; isso porque os pregos nem sempre eram usados durante as execuções, segundo um estudo divulgado em 2021.A vítima normalmente era apenas amarrada a uma barra e os corpos geralmente não recebiam sepultura formal. Quando pregos eram utilizados, eles normalmente eram removidos após a crucificação, sendo descartados ou reutilizados como amuletos.Conteúdos relacionados:Cabeça de lobo gigante, de 30 mil anos, é achada na RússiaPegadas humanas de 90 mil anos são achadas no MarrocosMúmias do Tarim são desenterradas na ChinaUm artista forense resolveu recriar o rosto de um homem que foi crucificado na Grã-Bretanha romana, cerca de 2 mil anos atrás. O esqueleto, que possuía um prego atravessado pelo osso do calcanhar, foi achado durante uma escavação no Condado de Cambridge, na Inglaterra. No local funcionava uma antiga fábrica de engarrafamento de leite, onde foram escavados cinco pequenos cemitérios romanos que continham os restos mortais de adultos e crianças, datando do século 4 d.C. Joe Mullins, um artista forense da Universidade George Mason, da Virgínia, Estados Unidos, foi quem realizou a reconstituição facial do homem. "Estou encarando um rosto de milhares de anos atrás, e olhar para ele é algo de que eu nunca vou esquecer", ele diz no documentário da BBC. Ao analisarem informações de DNA, Mullins e seus colegas concluíram que o homem tinha cabelos e olhos castanhos. "O afinamento de suas pernas, lesões punitivas e sinais de imobilização indicavam que ele havia sido crucificado", afirma um comunicado da Universidade George Mason.Já os motivos por trás da morte do homem ainda são desconhecidos, mas seus restos mostram que um prego de cerca de 5 cm havia sido atravessado por seu osso do calcanhar. Uma análise mais aprofundada revelou que o indivíduo era um homem escravizado que foi brutalmente crucificado durante o século 3 ou 4 d.C., segundo o site Live Science.Análise dentária sugeriu que o homem, chamado de "Esqueleto 4926" pelos arqueólogos, tinha entre 25 e 35 anos e cerca de 1,70 metros de altura. Técnicas de datação por radiocarbono apontaram que ele morreu entre 130 e 360 d.C.Os restos do indivíduo apresentavam indícios de que ele sofreu antes de falecer: suas pernas tinham sinais de infecção ou inflamação causada por um distúrbio sistêmico após ter sido amarrado ou acorrentado. Quer mais notícias do mundo? Acesse nosso canal no WhatsApp