Durante a audiência de instrução e julgamento ocorrida em 4 de setembro, Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja Cardoso, afirmou que a causa da morte de sua filha foi a depressão e não o abuso de cetamina, um potente anestésico veterinário que, se utilizado por humanos, devido aos seus efeitos alucinógenos, pode levar à dependência. O juiz Celso de Paula interrogou a mãe da ex-sinhazinha do Boi Garantido por mais de trinta minutos, indagando-a sobre o uso da substância, seu conhecimento sobre os efeitos que ela causava e se ela a administrava aos filhos. Atualmente, Cleusimar e o irmão de Djidja, Ademar Cardoso, estão detidos.
Djidja veio a óbito em maio deste ano e, de acordo com o diagnóstico preliminar do Instituto Médico Legal (IML), sua morte foi ocasionada por um edema cerebral que afetou o funcionamento do coração e sistema respiratório. Após esse acontecimento, a família passou a ser alvo de investigações. As primeiras investigações policiais apontaram que Cleusimar, Djidja e Ademar consumiam cetamina durante os rituais da seita religiosa criada pela matriarca com base em um livro intitulado "Cartas de Cristo". A partir desse momento, eles passaram a recrutar outros indivíduos, principalmente funcionários do salão de beleza da família.
