Filho do goleiro Bruno é questionado se sente ódio do pai e nega: "Tenho pena"

Bruninho Samudio assinou, aos 14 anos, seu primeiro contrato com o Athletico-PR, em 22 de fevereiro deste ano, dia em que a mãe, morta por Bruno Fernandes em 2010, completaria 39 anos.

Filho do goleiro Bruno é questionado se sente ódio do pai e nega: "Tenho pena". Foto: Reprodução/ Instagram

Filho do goleiro Bruno é questionado se sente ódio do pai e nega: "Tenho pena". Foto: Reprodução/ Instagram

Fruto do relacionamento entre Eliza Samudio e o goleiro Bruno Fernandes, Bruninho falou pela primeira vez sobre o pai, condenado pela morte da mãe em 2013.

Em entrevista ao programa Geral do Povo, da RedeTV!, o garoto de 14 anos, que hoje atua nas categorias de base do Athletico-PR como goleiro, afirmou que não tem muito a comentar sobre o ex-jogador do Flamengo e, quando questionado se "sentia ódio", falou que não.

Ao falar sobre os sentimentos que teve na época em que descobriu a verdade sobre o pai, após a revelação ser feita por Sônia Moura, sua avó e tutora legal, Bruninho mostrou indiferença.

A escolha de jogar na posição de goleiro, como Bruno, não tem nenhuma relação com o ex-jogador do Flamengo.

A avó Sônia, a quem Bruninho chama de mãe, também falou ao programa e contou como foi revelar a verdade ao menino.

PRIMEIRO CONTRATO ASSINADO

Bruninho Samudio assinou, aos 14 anos, seu primeiro contrato com o Athletico-PR, em 22 de fevereiro deste ano, dia em que a mãe, morta por Bruno Fernandes em 2010, completaria 39 anos. O garoto já vinha atuando no time paranaense desde o ano passado, mas ainda não possuía vínculo oficial.

Agora, Bruninho tem um contrato de formação, que dá a ele a garantia de assistência educacional, entre outros tipos de suporte, e assegura ao clube contrapartidas financeiras e desportivas no futuro. Vínculos profissionais só podem ser assinados por atletas a partir dos 16 anos. Nascido em uma data próxima à do aniversário da mãe, Bruninho fez 14 anos dia 10 de fevereiro, e mora no Paraná com a avó. Os dois saíram de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, para investir na carreira do menino como atleta.

Bruno já questionou a paternidade

O ex-goleiro Bruno Fernandes, condenado, em 2013, a 22 anos e três meses de prisão por homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio, reconheceu a paternidade de Bruninho na Justiça em 2012. A defesa de Bruno, contudo, entrou com uma ação para anular a decisão, com base no fato de não existir um exame de DNA. O ex-jogador estava em regime semiaberto desde 2019 e, em janeiro do ano passado, ganhou liberdade condicional da Justiça do Rio.

Eliza foi assassinada poucos dias depois do nascimento de Bruninho. Ela queria que Bruno assumisse a paternidade do menino e, em meio aos seus esforços, foi à Justiça para denunciar agressões e tentativas de forçá-la a abortar praticadas pelo então goleiro do Flamengo.

Estadão Conteúdo