Estudante que esfaqueou colega em escola, carregava outras armas dentro da mochila

Polícia achou várias armas brancas dentro da mochila do estudante, as quais poderiam ser utilizadas no ataque que ocorreu na Escola Estadual Professora Palmira Gabriel.

Itens foram achados na mochila de adolescente que esfaqueou colega de turma na escola Palmira Gabriel, no Tenoné, em Belém. | Reprodução/RBATV

Itens foram achados na mochila de adolescente que esfaqueou colega de turma na escola Palmira Gabriel, no Tenoné, em Belém. | Reprodução/RBATV

Em uma semana marcada por registros de ataques a escolas em diversas partes do Brasil, um caso que ocorreu na tarde desta quinta-feira (30) na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professora Palmira Gabriel, no bairro do Tenoné, em Belém, assustou os paraenses.

Um estudante do 1º Ano do Ensino Médio, de 17 anos, desferiu ao menos três golpes de faca contra um colega de turma. Uma testemunha relatou que a motivação para o ataque teria sido uma desavença por conta da vítima ter arremessado bolas de papel no agressor.

A Polícia Militar foi acionada e, após vistoriar a mochila do estudante, os policiais encontraram outras armas brancas, como uma machadinha, estilete e mais uma faca.

A vítima foi socorrida pela direção da escola, que acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O jovem ferido foi encaminhado para o Hospital Geral de Belém, recebeu cuidados médicos. Após estabilização do quadro, o paciente foi encaminhado para um hospital particular. O estado de saúde dele não foi divulgado.

O agressor foi encaminhado para a Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data) para prestar esclarecimentos.

MUDANÇA DE COMPORTAMENTO

Vinícius Magalhães, professor da escola há 25 anos, declarou que o jovem agressor vinha apresentando um comportamento diferente há pelo menos um ano. Ele teria começado a se isolar de maneira atípica.

Apesar disso, de acordo com o docente, ele não apresentava atitudes violentas e tirava boas notas. O adolescente estudava na mesma escola desde o ensino fundamental.

TRAUMA

Um vendedor que trabalha na frente da unidade educacional foi quem desarmou o agressor. Segundo o relato do homem, o estudante teria dito que desenvolveu um trauma após a morte do pai, o qual tirou a própria vida.

SEDUC

Em nota enviada ao DOL, a Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) lamentou o episódio ocorrido na escola Palmira Gabriel.

A Seduc reforçou, ainda, que repudia o acontecimento e está dando suporte total à escola e equipe escolar, ao aluno e familiares.