Veja quem é a líder estudantil eleita deputada seis anos após confrontar parlamentares

Reprodução internet

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Aos 22 anos, a jovem Ana Júlia Pires Ribeiro foi eleita deputada estadual no último domingo, 2, no Paraná, seis anos após a jovem discursar na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) presenciar o discurso de uma estudante do ensino médio em prol da educação.

Em 2016, Ana Júlia ganhou destaque como uma das líderes do movimento estudantil nacional que ocupou pelo menos 850 colégios do Paraná. O movimento chegou a 20 estados do país. Na época, ela utilizou a tribuna da Alep para protestar contra a reforma no ensino médio e sobre a morte de um jovem durante uma ocupação, chegando a acusar os deputados estaduais de estarem com a "mão suja com sangue" por omissão.

No último domingo, 2, ela foi eleita com 51.845 votos. Ao comentar o feito, ela diz: "Eu estou maravilhada e só tenho a agradecer. Foi a esperança, um movimento que conquistou os estudantes, que conquistou a juventude e agora está eleito, sendo colocado na Assembleia Legislativa".

A eleição deste ano foi o segundo pleito eleitoral disputado por ela. Em 2020, ela ficou na suplência do PT como vereadora. Na época, a jovem recebeu 4.538 votos. Atualmente, ela ocupa na Câmara uma vaga do então titular Renato Freitas (PT), também eleito deputado estadual. Ele teve o mandato cassado em julho, mas pôde concorrer após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ana Júlia contou que a trajetória política dela começou dentro do movimento secundarista e relembra que sua projeção iniciou em outubro de 2016, quando tinha 16 anos e participou de uma sessão na Assembleia para defender as ocupações de escolas estaduais do estado.

Na ocasião, ela fez um discurso emocionado na tribuna da Casa de Leis viralizou e ganhou destaque nacional. Ela defendia investimentos na educação, respeito aos estudantes, e protestava por um colega que morreu dentro de uma escola ocupada. Hoje com 22 anos, Ana Júlia é a deputada estadual mais jovem eleita para a Alep, segundo informações da Casa de Leis.

Com informações do G1