MP solicita condenação do paraense acusado de terrorismo em Brasília

George Washington está preso desde 24 de dezembro do ano passado FOTO: DIVULGAÇÃO / PCDF

George Washington está preso desde 24 de dezembro do ano passado FOTO: DIVULGAÇÃO / PCDF

O Ministério Público do Distrito Federal pediu a condenação dos acusados de tentar explodir um caminhão de combustível próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília. Um dos dois acusados é o paraense George Washington de Oliveira Sousa, empresário de 54 anos, preso preventivamente pela Polícia Civil do Distrito Federal na manhã do dia 24 de dezembro do ano passado. A promotora de Justiça Vera Gomes, que pediu a condenação, disse em seu despacho que a ação tinha objetivo de "criar pânico na população e, com isso, motivar imaginária ação militar no país".

São réus na Justiça do DF pela tentativa de explosão, além do empresário paraense, seu companheiro de acampamento no QG do Exército, em Brasília, Alan Diego dos Santos e Welligton Macedo de Souza, sendo que esse último ainda está foragido.

Após tentar explodir um caminhão-tanque com 63 mil litros de querosene para aviação no Aeroporto, o empresário paraense disse, em depoimento, que o ato de terrorismo foi planejado por ele junto com outros manifestantes que estavam acampados no quartel-general na capital. Segundo o depoimento, outros atos estavam planejados com o objetivo de "dar início ao caos" o que levaria à "decretação do estádio de sítio no país" que poderia "provocar a intervenção das Forças Armadas" para impedir a posse do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

No pedido de condenação, o Ministério Público do DF acusa os três envolvidos de crime de explosão, que é "expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos". A pena é de 3 a 6 anos de prisão e multa. Mas o próprio MP considera que é preciso aumentar a pena em um terço, já que o crime foi cometido tendo como alvo depósito de combustível.

A situação do empresário – que tem seu nome e o da família ligado ao comércio de combustíveis em pelo menos 11 municípios do Pará – é complexa: ele foi preso com posse de um arsenal entre espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, centenas de munições e uniformes camuflados, além de cinco emulsões explosivas. Ele não tinha porte de armas, apenas a posse permitida aos CACs (colecionador, atirador desportivo e caçador).


George Washington está preso desde 24 de dezembro do ano passado
FOTO: DIVULGAÇÃO / PCDF