Entrevista: Marco André usa as redes sociais para compartilhar arte durante a pandemia

Entrevista: Marco André usa as redes sociais para compartilhar arte durante a pandemia

Todas as sextas-feiras, o músico e cineasta Marco André tem recebido ao vivo em seu Instagram (@marcoandre_musicine) grandes artistas da música brasileira no projeto "Live as Mãos com Música. Cada transmissão tem cerca de 1h30 de duração, onde Marco e os convidados interagem com o público, contam histórias e curiosidades de suas carreiras e, claro, tocam os grandes sucessos dos artistas convidados.

O projeto existe desde 2020 e já recebeu artistas como Paulinho Moska, Leila Pinheiro, Flávio Venturinni, Lia Sophia, Arraial do Pavulagem, Trio Manari, Pinduca, Roberta Sá, Nilson Chaves e vários outros. Nesta sexta-feira, 21, será a vez das cantoras Jane Duboc, Delia Fischer e Cris Delanno. A iniciativa conta com o patrocínio da Alubar.

Natural de Belém do Pará, mas radicado há anos no Rio de Janeiro, Marco André trabalha não apenas como cantor, mas também em diversas atividades do setor cultura, como compositor, arranjador, instrumentista, produtor de discos e cineasta. Abaixo, confira uma entrevista com Marco André sobre a "Live as Mãos com Música".- De que forma as apresentações no Instagram têm ajudado você a continuar na música em meio aos desafios da pandemia?

Tenho 57 anos, sou de uma geração que não nasceu nas redes sociais. Mas agora a gente depende das redes e temos dificuldade de atrair o nosso público, que em geral é de pessoas mais velhas. Então esse projeto das lives foi uma forma de estar em contato com o público e de atrair também pessoas novas, que não nos acompanhavam. Além disso, esse projeto tem sido muito importante, porque é uma forma de estar atuando na música sem aglomerações. Ao mesmo tempo em que estamos trabalhando, estamos protegendo as pessoas.

- Como tem sido o formato das lives?

Eu marco com os convidados, cada um toca algumas músicas e a gente conversa sobre várias coisas, principalmente sobre arte. O Instagram transforma em algo íntimo. Não tem o melhor som do mundo, mas permite que a gente trabalhe de casa e leia o que o espectador está escrevendo. O projeto é remunerado para os convidados, não é preciso técnico de som e é uma forma barata de realizar uma apresentação e ficar em contato com o público.

Tenho conversado e cantado com amigos queridos, artistas incríveis, como forma de celebrar a vida num momento tão sombrio. Ao mesmo tempo, tentando entreter pessoas dentro de casa, pois esse é o melhor lugar para se estar atualmente. Os músicos funcionam como médicos da alma e as lives para mim tem sido uma grande terapia.

- Além das lives, o projeto inclui uma vaquinha para ajudar trabalhadores da cultura de Belém, como cantores, músicos que tocam na noite, técnicos de som e luz, roadies, entre outros. Como surgiu essa ideia?

Em função de receber esse patrocínio da Alubar, me senti extremamente privilegiado em um momento difícil. Por isso, também fiz uma vaquinha para arrecadar uma quantia para os trabalhadores da cultura de Belém. O link para contribuir está na bio do meu Instagram, é só acessar a vaquinha e doar para os trabalhadores da cultura de Belém. A ideia é ajudar a quem está ajudando tanto as pessoas a passar por este período de distanciamento social.

- Onde o nosso leitor pode buscar mais informações sobre as lives da semana?

Basta me seguir no Instagram, @marcoandre_musicine. Lá estou anunciando tudo sobre as lives, músicas novas, notícias, streaming e também tem o link para o meu site (www.marcoandre.art.br), onde está a vaquinha para trabalhadores da cultura de Belém.