Quando a pele não acompanha o crescimento rápido dos tecidos, surgem estrias. Comuns em jovens na puberdade, época em que a transformação do corpo é acelerada, as estrias também podem surgir durante a gestação.
“A estria é uma atrofia adquirida da pele, que surge quando as fibras elásticas e colágenas, responsáveis pela firmeza, se rompem e formam "cicatrizes"”, explica o dermatologista Daniel Cassiano, professor da Universidade São Camilo.
As chamadas estrias gravídicas costumam aparecer entre o 6º e 7º mês de gestação, período no qual há maior ganho de volume, e geralmente surgem nas mamas e no abdome. “Incidem em 90% das grávidas”, diz Daniel que também afirma que elas são mais comuns em mulheres brancas e com bebês maiores.
De acordo com a ginecologista e obstetra Eloisa Pinho, existem mulheres que têm predisposição genética a estrias, mas há outros fatores que podem contribuir. “Podemos citar o ganho de peso e a falta de cuidados diários com a pele. Quanto mais nova a paciente, mais chance de aparecerem estrias, pois a pele tende a ser mais firme”, explica.
Reforçar a hidratação e evitar o ganho excessivo de peso durante e gestação são as principais medidas para diminuir as chances de ter estrias. “Produtos que hidratam a pele e proporcionam elasticidade devido lipídios e óleos e os que contém componentes estimulantes que aumentam a produção de elastina e colágeno são indicados”, diz Eloisa.
Daniel cita óleo de amêndoas doces, creme com vitamina E, manteiga de karité como algumas opções de hidratação para evitar estrias.
Para tratar estrias já existentes, o dermatologista explica que aquelas que são vermelhas e violáceas podem desaparecer com tratamento tópico com ácido retinóico e/ou glicólico.
“Estrias nacaradas (brancas) melhoram apenas com procedimentos estéticos. Dentre os procedimentos mais realizados podemos citar: laser de Co2, microagulhamento, radiofrequência microagulhada, peelings químicos”, explica.
Continua após a publicidadeFonte: Claudia