GOLPE

Mulher se passa por filha de militar durante 33 anos e recebe R$ 3,7 milhões em pensão

O militar utilizado na fraude foi Vicente Zarate, ex-integrante da Força Expedicionária Brasileira (FEB), falecido em 1988.

Uma mulher de 55 anos, identificada como Ana Lucia Umbelina Galache de Souza, foi condenada pela Justiça Militar por ter fraudado as Forças Armadas durante 33 anos, fingindo ser filha de um ex-combatente da Segunda Guerra Mundial para receber sua pensão. O golpe, realizado em Campo Grande (MS), rendeu à condenada R$ 3,7 milhões ao longo de mais de três décadas.

O militar utilizado na fraude foi Vicente Zarate, ex-integrante da Força Expedicionária Brasileira (FEB), falecido em 1988. O plano foi orquestrado pela avó de Ana Lucia, que soube que o expedicionário não deixaria herdeiros. Em 1986, dois anos antes da morte de Zarate, a avó modificou o nome da neta, então com 15 anos, para Ana Lucia Zarate no Cartório Santos Pereira, em Campo Grande. Com uma nova identidade e CPF, a jovem foi apresentada como filha do militar.

Logo após a morte de Vicente Zarate, a avó de Ana Lucia deu entrada no pedido de pensão, o que permitiu à mulher receber mais de R$ 8 mil por mês ao longo dos anos. A fraude só foi descoberta em maio de 2022, após a própria avó denunciar a neta à Polícia Militar de Mato Grosso do Sul por insatisfação com o acordo financeiro entre ambas.

Ana Lucia foi condenada nesta quarta-feira (9) a três anos e três meses de reclusão. A defesa já entrou com recurso, e o caso está agora no Superior Tribunal Militar (STM). Em 2023, ela já havia sido condenada a devolver os valores recebidos indevidamente.

A fraude, que teve início em 1988, permaneceu por mais de três décadas até ser descoberta, revelando um esquema cuidadosamente planejado que enganou as Forças Armadas durante todo esse período.

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