SEGURANÇA

Laudo preliminar aponta causa da morte de Djidja Cardoso

Embora o documento não especifique a causa do edema, as autoridades acreditam que ele resultou do uso constante de cetamina, anestésico que teria sido usado em uma suposta seita religiosa organizada por sua família.

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Divulgado nesta segunda-feira, o laudo preliminar produzido pelo Instituto Médico Legal (IML) sobre a morte de Djidja Cardoso apontou que ela sofreu um edema cerebral, ou seja, um acúmulo de líquido na região, o que afetou o coração e a respiração da ex-sinhazinha do Boi Garantido.

Embora o documento não especifique a causa do edema, as autoridades acreditam que ele resultou do uso constante de cetamina, anestésico que teria sido usado em uma suposta seita religiosa organizada por sua família.

De acordo com informações do portal G1, o laudo preliminar identificou "depressão dos centros cardiorrespiratórios centrais bulbares; congestão e edema cerebral de causa indeterminada". O resultado final será divulgado até o fim de junho.

ENTENDA
A morte de Djidja Cardoso revelou uma trama complexa envolvendo drogas e rituais religiosos. A suspeita é que o uso do anestésico - que se tornou droga ilícita na década de 80 - teria sido incentivado pela mãe e pelo irmão de Djidja, Cleusimar e Ademar Cardoso, como parte de uma seita religiosa que consumia a substância para alcançar planos espirituais superiores.

Como parte da Operação Mandrágora, Cleusimar e Ademar Cardoso foram presos preventivamente na última quinta-feira (30), acusados de liderar a seita Pai, Mãe, Vida. Além deles, também foram detidos funcionárias do salão de beleza da família: Verônica da Costa Seixas e Claudiele Santos da Silva.

Segundo a polícia, os rituais incluíam violência física, abuso psicológico, estupro de vulneráveis e até mesmo aborto, que teria sido realizado em uma ex-companheira de Ademar. O grupo religioso estaria em funcionamento há ao menos dois anos no bairro Cidade Nova, em Manaus.

Ainda de acordo com o delegado, a família passou a ter alucinações devido ao uso da droga e chegava a se imaginar como figuras representativas. Para o trio, Ademar era a representação de Jesus Cristo na Terra, sua mãe seria Maria de Nazaré e a sua irmã, Didja, a representação da Maria Madalena.

A defesa da família Cardoso nega a prática de grupo religioso e afirma que se tratava de meros discursos feitos enquanto eles estavam sob efeito da droga. Os advogados sustentam ainda que Ademar e Cleusimar estão sofrendo de abstinência na prisão e declararam que pedirão suas internações compulsórias.

Fonte: Pleno News/ Foto: Reprodução/ Instagram Djidja Cardoso

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