Intolerância política

Apoiadores de Lula sofrem constrangimento ao serem barrados em estabelecimento na capital paraense

Participantes de evento político em apoio ao candidato petista à Presidência relatam proibição de entrar em um bar e restaurante localizado no bairro do Umarizal.

 Ámmar Gastro Bar foi palco de episódio de intolerância política, de acordo com apoiador de Lula (PT) | Reprodução
Ámmar Gastro Bar foi palco de episódio de intolerância política, de acordo com apoiador de Lula (PT) | Reprodução

Em meio a uma forte polarização ideológica e uma grande multiplicação de episódios de violência e intolerância provocados pelo posicionamento político, a eleição presidencial de 2022 já está marcada como uma das mais acirradas, centrada nos nomes de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

Um grupo de apoiadores do candidato Lula (PT) relata ter sido proibido de entrar no Ámmar Gastro Pub, localizado no bairro do Umarizal, em Belém, por conta do uso de bottons e adesivos com a imagem do petista.

Os apoiadores participavam de um evento em apoio à candidatura de Lula, realizado na noite desta terça-feira (18), na escola de samba Quem São Eles, que reúne políticos, artistas e produtores culturais do estado.

Em certo momento, eles decidiram visitar o estabelecimento comercial, que fica do outro lado da rua onde o evento ocorria, porém foram barrados logo na entrada.

"Estávamos aguardando a chegada do governador, que também está apoiando o Lula, quando eu e os meus amigos decidimos ir jantar. Como estávamos próximo ao Ámmar Gastro Bar, decidimos ir lá pois era somente questão de atravessar a rua", inicia Thiago Favacho, que levou toda a situação para as redes sociais.

Ele diz que, ao se aproximarem da recepção do estabelecimento, o grupo de quatro pessoas passou a ser observado pelos seguranças do local.

"Chegando lá, já percebemos os seguranças na defensiva. Eu e meus amigos estávamos com um botton do Lula. Passamos por eles e uma das minhas amigas perguntou como funcionava a casa, ao que a atendente respondeu que era necessário realizar um cadastro, porém era preciso antes, para entrar na casa, retirar o botton", revela.

Perplexos com a situação constrangedora, o grupo se recusou a fazer a retirada dos materiais políticos e os funcionários não permitiram a entrada dos apoiadores petistas.

"Me sinto desrespeitado. E é constitucional a demonstração individual e silenciosa do eleitor pelo seu partido político ou candidato, representado por meio de bandeiras, broches, adesivos e camisetas", dispara Thiago.

VEJA O VÍDEO:

POSICIONAMENTO

O DOL entrou em contato com o sócio-proprietário do Ámmar Gastro Bar, identificado como Luiz Paulo Cavalcante, mas, até o momento, não obteve retorno sobre o ocorrido.

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