Em uma entrevista exclusiva ao Bora Cidade, da RBATV, o promotor de Justiça Franklin Lobato Prado contou a repórter Sancha Luna que solicitou novas perícias no imóvel. Segundo ele, os levantamentos anteriores apontaram algumas falhas.
Se Arlene ainda estivesse viva, teria completado 65 anos de idade no último dia 12. A aposentada foi morta a golpes de faca, desferida pelo filho. Ele ainda feriu a irmã. Foi o próprio Felipe que acionou o Ciop informando que tinha cometido os crimes. Um inquérito foi aberto pela Divisão de Homicídios, que concluiu as investigações e encaminhou o caso para Justiça.
O Ministério Público pediu novas diligências, mesmo sabendo que Felipe confessou o crime. "O inquérito se baseou no auto de prisão em flagrante, que comprova a imaterialidade de um feminicídio e a tentativa de um feminicídio. Mas é preciso saber quantas pessoas estavam na casa, as armas e motivações", destacou Franklin Prado.
O promotor frisou que não houve uma perícia definitiva e que é importante ouvir outras testemunhas.
"A confissão [de Leonardo Felipe] é uma prova muito forte, mas a perícia não levou em consideração alguns elementos como o colchão, por exemplo, que foi retirado e extraviado", observou.
"Mesmo que se tenham lavado os lençóis, lavado o ambiente para apagar vestígios, limpado manchas na parede e da maçaneta da porta é preciso se periciar isso", pontuou.
Duas facas foram apreendidas. O corpo da vítima foi encontrado de bruços na cama. Para ter acesso ao quarto, a porta teve de ser arrombada.
O Ministério Público também solicitou a reprodução simulada.