Cultura

AnnaSophia Robb conta como é viver promotora 'dona de si' em 'Dr. Death'

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Na trama, ela interpreta a jovem advogada Michelle Shughart, a única do escritório da procuradoria federal do Texas a se interessar pelo caso do médico Christopher Duntsch (na série vivido por Joshua Jackson). Colegas dele, Randall Kirby (Christian Slater) e Robert Henderson (Alec Baldwin) o acusam de más práticas, que levaram dezenas de pacientes a óbito ou a ficarem com sequelas graves.

Duntsch conseguiu continuar operando porque os hospitais não queriam se responsabilizar, nem o conselho de classe, o que fez com que o número de vítimas continuasse aumentando por meses. Por incrível que pareça, a história é real.

"Eu consegui falar com a Michelle antes das gravações e também trocamos emails", conta Robb à Folha de S.Paulo durante bate-papo com jornalistas. "Como eu já estava com todos os roteiros, consegui fazer muitas perguntas para ela, que foi bastante aberta e honesta."

Porém, interpretar alguém que realmente existe não tem só vantagens. "Eu diria que tem um pouco de pressão a mais, porque você não quer desapontar a pessoa", explica. "Claro que sou uma pessoa diferente e que estamos criando uma história dramática, mas acho que foi mais fácil de acessar a personagem porque tinha a referência dela na cabeça."

Outra coisa que ajudou, nesse caso, foram os figurinos. "Eu usava muitos terninhos, que é algo que não costumo usar no meu dia a dia", conta. "Só de vesti-los você já fica com uma postura diferente, tem um aspecto empoderador neles. E também adorei meu corte de cabelo."

Ela diz que o papel a atraiu por ser extremamente profissional, mas também adicionar ingredientes inesperados à história da série. "Achei uma personagem pouco usual e estimulante, mas também muito admirável", avalia. "Ainda mais depois de conhecê-la, porque ela é muito focada e dona de si."

A atriz confessa que, antes de se interessar pela série, não havia ouvido o podcast homônimo, que fez bastante sucesso nos Estados Unidos após ser lançado em 2018. "Não estava familiarizada com a história até ser chamada para o teste, mas quando comecei a ouvir não consegui parar", lembra. "Fiquei horrorizada e também fascinada pelos personagens."

E isso que ela não é a maior fã do "true crime", sub-gênero de obras que narram histórias escabrosas que realmente ocorreram. "O 'true crime' pode ser meio sórdido e macabro às vezes para capturar a atenção das pessoas", avalia. "Mas a série é muito respeitosa com as vítimas."

"Não quero estragar o final, mas a história culmina com uma prestação de contas, o que nós queremos é entender como esse cara conseguiu se livrar de ser responsabilizado pelas coisas que fez para tantas pessoas por tanto tempo", antecipa. "Espero que as pessoas que tenham passado por isso ou algo parecido consigam encontrar acolhimento."

Ela conta que o que a deixa mais atônita com o caso é o fato de as autoridades terem demorado tanto para agir -Duntsch começou a mutilar pacientes em 2010, mas só teve sua licença médica revogada em 2013 e foi preso em 2015.

"Quando o Henderson e o Kirby fizeram a primeira denúncia alertando as pessoas do que estava acontecendo, ele tinha operado sete pacientes", afirma. "Mas quando tudo terminou, eram 37. Tem 30 pessoas que poderiam ter se salvado."

Apesar do tema pesado da série, ela garante que conseguiu dar boas risadas nas gravações por causa dos colegas. "Foi estressante e diferente do normal porque estávamos todos de máscara porque ainda não havia vacina quando gravamos", lembra. "Mas em termos de dinâmica entre os atores, com Alec, Christian e Josh, me diverti muito."

Fonte: Notícias ao Minuto

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