Pra início de conversa, Juraci Antônio Siqueira não sabe quantos livros escreveu. Ele diz que contou até oitenta e deixou de mão. Da mesma forma ele contou até uns duzentos e poucos prêmios e não mais se dispôs, assim como parou de concorrer em qualquer tipo de concurso ou editais de literatura, em 2010.
A primeira publicação desse ícone da Literatura Paraense aconteceu no dia 13 de fevereiro de 1980, na página O Jornaleco, do jornalista Raymundo Mário Sobral em A Província do Pará, onde ele publicou seu primeiro livro de poesia, Verde Canto, em 1981.
O livro que mais vendeu foi o Paca, Tatu, devido ser o livro mais adotado em escolas, sendo, também, o de maior tiragem, ultrapassando dez mil exemplares nas três edições. O livro com maior número de edições é *O Chapéu do Boto* e o mais vendido, depois do Paca é *Os Versos Sacânicos* .
A 3° edição do Paca Tatu Cutia Não terá seu lançamento no dia 1° de outubro/2021, on line com o também escritor Paulo Maués.
Antônio Juraci Siqueira na entrevista cedida ao Portal Pará 1, relembra os tempos que viveu na ditadura.
Ele participou do V Festival Amapaense de Canção com a música, "Vamos cantar Samba". A data era 23 de Agosto de 1975; Juraci enfrentou o crivo da censura.
Só relembrando que em 1968, durante a ditadura militar brasileira, foi decretado o Ato Institucional n° 5 ou AI-5, que deu início ao período mais restritivo e duro do regime. Entre as medidas colocadas em prática, a censura da liberdade de expressão foi uma das mais marcantes. Obras culturais, como filmes, livros e músicas, precisavam de uma aprovação prévia do governo para circularem.
Em outras palavras, no caso das canções, pessoas eram contratadas para avaliar as letras e decidirem se as músicas poderiam ou não serem reproduzidas. As justificativas variavam desde "fere a moral e os bons costumes" até simplesmente "falta de gosto".
Juraci Siqueira nasceu no dia 28 de outubro de 1948 na localidade de Cajari, município de Afuá, onde viveu até os 16 anos de idade, mudou de lá para Macapá onde residiu até o início de 1976, quando definitivamente veio para Belém. Aos 73 anos Juraci continua na ativa lecionando no Colégio Paes de Carvalho.
Fonte: Para1
