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Portugal realiza eleições presidenciais em meio a níveis recordes de Covid



Pesquisas de opinião mostram que o atual presidente Marcelo Rebelo de Sousa, do Partido Social-Democrata de centro-direita, deve vencer com facilidade.


Com uma taxa de participação de 35,4% até às 16h (horário local), a movimentação parecia um pouco menor do que as das eleições presidenciais de 2016, que teve uma taxa de presença de 37,7% no mesmo horário.


"Estou aqui entre os primeiros para evitar aglomerações e filas", disse Cristina Queda, 58, que chegou ao seu local de votação em Lisboa assim que o espaço abriu as portas, às 8h. "Já que a data das eleições não mudaram, resolvi vir cedo para evitar problemas", disse.


Pouco menos de dois terços dos portugueses acreditam que as eleições deveriam ser sido postergadas por causa da pandemia, segundo uma pesquisa conduzida na semana passada pelo instituto ISC/ISCTE.


Alguns votantes afirmam ter esperado meia hora em filas que dobravam esquinas, já que, segundo as regras, as pessoas deveriam manter dois metros de distância uma das outras e somente uma era permitida dentro da sala de votação por vez.


Pesquisas preveem uma abstenção recorde de 60% a 70%, em parte porque centenas de milhares de votantes estão em quarentena.


Depois de votar em Lisboa, o primeiro-ministro António Costa disse que todas as medidas foram tomadas para prevenir o contágio.


"Todas as medidas estão a postos", disse Costa. "Estamos em um momento muito grave da pandemia e tudo foi feito para que as pessoas possam exercer seu direito democrático."


Com voto facultativo, as eleições acontecem no pior momento da pandemia de coronavírus, com o país de dez milhões de habitantes voltando para um confinamento geral.


Além das lojas e restaurantes, o governo fechou as escolas por 15 dias, enquanto no domingo (24) um novo recorde foi registrado, aumentando número total desde o início da pandemia para mais de 10.500 mortes.


Com mais de 85 mil novos casos registrados e quase 1.500 óbitos na última semana, Portugal ocupa o primeiro lugar no mundo em número de infectados em relação à população, superado apenas pelo enclave britânico de Gibraltar, segundo dados oficiais obtidos pela AFP.

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