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Celeste Moreau, filha de Arnaldo Antunes, lança disco delicado e imaturo

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A paulista Celeste Moreau Antunes escreve e canta desde criança. Em 2017, lançou "Calor da Hora", seu primeiro livro de poemas. Foi também o ano em que começou a escrever canções que agora, aos 29 anos, reúne em um disco. "Rio Manso vol.1" tem dez faixas, trabalhadas em parceria com o multi-instrumentista, compositor e arranjador João Marcondes. Os dois assinam juntos a produção musical.


É um álbum delicado, de uma artista que se inicia no universo musical. Diferente ("Às vezes ponho a minha mão na ilusão de ser tão diferente") faixa de abertura, tem letra e música de Nuno Ramos e é uma das melhores do disco.


Da filha de um artista inquieto como o cantor, compositor e poeta Arnaldo Antunes não se esperaria um disco pop para as massas. Mas não se trata de um trabalho experimental. Num clima de música brasileira à la MPB e com uma certa bossa, a voz é acompanhada por cordas (violão, guitarra e, em duas faixas, contrabaixo acústico) e percussão. Em algumas faixas há sobreposições de vozes, discretos coros ou o uso de efeitos eletrônicos na voz.


Quase todo produzido na quarentena, o disco foi feito com os músicos tocando e enviando material de suas próprias casas, enquanto Celeste gravou em um estúdio no meio da natureza, no interior de São Paulo. O resultado, musicalmente, é bastante simples, sem novidades ou surpresas.


Algumas das letras, assim como a própria voz da artista, por vezes soam imaturas. A declamada "Tudo Que Lembrei Que Já Soube Amar Além de Você" é exemplar, ao enumerar lembranças como "sentir que já dava pra morrer", "ver novela depois da natação com as pálpebras caindo" ou "fumar cigarro sozinha".


Só com voz e violão, a singela "Asa", letra de Celeste e música dela com João Marcondes, pede: "Não corte as minhas asas / não minta que são magníficas". Tanto "Rio Manso", faixa que dá título ao trabalho, quanto "Dança" têm letra e música de Celeste Antunes e são baladas bem acabadas.


Além das canções autorais ou em parceria, há ainda colaborações de Clara Baccarin e Filipe Moreau, autores de "Vontade Involuntária", e de Cézar Mendes e Arnaldo Antunes, de "Se For pra Mentir". Já "Agua de Estrellas", versão da canção peruana de Miguel Molina, é cantada em espanhol e português.


Com canções enxutas, apenas duas faixas ultrapassam três minutos, uma delas a que encerra o disco: uma versão de "Se Essa Rua Fosse Minha", na qual se destacam a guitarra, o pandeiro e a voz de Arnaldo Antunes, que faz um dueto com a filha.

RIO MANSO VOL.1
Quando: A partir de 28 de outubro
Onde: Todas as plataformas digitais
Artistas: Celeste Moreau Antunes e João Marcondes
Avaliação: Regular

Fonte: Noticias ao Minuto

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