Belém e as obras

Certa vez, me desloquei de Ananindeua, mais precisamente do Bairro da Cidade Nova até São Brás; uma hora e meia de viagem; se é que podemos dizer assim; pois, com esse tempo daria para ir e vir de Mosqueiro. Vivemos diariamente um caos no trânsito, onde nos deparamos constantemente com acidentes e brigas entre motoristas, não só verbais, mais como em força física também. Algo absurdo, quando nos referimos a pessoas de bom senso; seres que quando estão ao volante mudam de personalidade.

Entretanto, o poder público, via de regra, tenta descongestionar o trânsito dando viabilidade por outras vias. No início dá certo, mas com o passar do tempo, volta tudo como era antes; nada avança e quem sofre é o transeunte, usuários de coletivos e os próprios motoristas. No entanto, é inevitável lembrar da cidade no tempo que não tinha os BRTs, sem as obras "gigantescas"; tempo em que existia as quatro pistas da Almirante Barroso; tempo em que não havia viaduto, mas só uma ponte que dava acesso à Cidade Nova; tempo em que quinze minutos era suficiente para se deslocar até o Bairro de São Braz.

As vias congestionadas são o suplício para os trabalhadores que precisam sair pela manhã para ir trabalhar; isso sem contar os ônibus lotados todos os dias; porém o problema de engarramentos na cidade é uma constante, pois, uma Metrópole como Belém que tem somente uma entrada de acesso, o resultado não poderia ser diferente: congestionamentos e mais congestionamentos; pode até ter várias vias de escoamento do trânsito na cidade, porém, se acontecer um acidente em Marituba; sem acordo! para tudo... Seria bom um ser pensante e genial surgir para dar a solução para esse problema, até o momento sem solução.

Erlon Andrade