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Política

Inquérito das 'fake news': investigados recorrem contra decisões de Alexandre de Moraes

Defesa de Luciano Hang afirma que não teve acesso ao inquérito; advogados de Otávio Fakhoury querem suspender investigações sobre cliente. PF deflagrou operação na [...]


Defesa de Luciano Hang afirma que não teve acesso ao inquérito; advogados de Otávio Fakhoury querem suspender investigações sobre cliente. PF deflagrou operação na semana passada. As defesas dos empresários Luciano Hang e Otávio Fakhoury recorreram nesta segunda-feira (1º) ao Supremo Tribunal Federal contra decisões do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que apura ameaças a ministros do STF e a disseminação de conteúdo falso na internet, o chamado inquérito das "fake news".

Os advogados de Luciano Hang argumentam que ainda não tiveram acesso ao inquérito. A defesa de Fakhoury quer suspender as investigações sobre o cliente.

Na semana passada, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão no inquérito. Os alvos da operação são aliados do presidente Jair Bolsonaro (relembre no vídeo mais abaixo).

O relator dos pedidos dos advogados é o ministro Edson Fachin, que pediu a Moraes e à Procuradoria Geral da República (PGR) que se manifestem sobre os questionamentos.

Os advogados de Hang afirmam que o empresário sequer pode se defender porque não tem acesso inquérito. Acrescentam que o Supremo assegura aos investigados acesso a todo processo. A PF apreendeu o celular e o computador do empresário.

Para a defesa de Fakhoury, Moraes atuou de forma a comprometer a imparcialidade no caso.

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Associação criminosa

Ao autorizar a operação da Polícia Federal na semana passada, Alexandre de Moraes entendeu que as provas colhidas no processo apontam para "real possibilidade" do crime de associação criminosa.

Segundo Moraes, essa suposta associação criminosa seria dedicada à "disseminação de notícias falsas, ataques ofensivos a diversas pessoas, às autoridades e às Instituições, dentre elas o Supremo Tribunal Federal, com flagrante conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática".

Alexandre de Moraes afirma que recebeu o relato de que "essa estrutura, aparentemente, está sendo financiada por um grupo de empresários que, conforme os indícios constantes dos autos, atuaria de maneira velada fornecendo recursos (das mais variadas formas), para os integrantes dessa organização".

"[Há] sérias suspeitas de que integrariam esse complexo esquema de disseminação de notícias falsas por intermédio de publicações em redes sociais, atingindo um público diário de milhões de pessoas, expondo a perigo de lesão, com suas notícias ofensivas e fraudulentas, a independência dos poderes e o Estado de Direito", escreveu Moraes.

G1

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