Pará é certificado como área livre da Febre Aftosa Sem Vacinação

Após a etapa de vacinação, as vendas e aplicação de vacina contra febre aftosa estarão proibidas no Estado e partir do dia 1° de maio

Foto: Pedro Guerreiro/Agência Pará

Foto: Pedro Guerreiro/Agência Pará

Todo o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), voltado para manter o rebanho paraense livre de doenças, com cobertura vacinal acima de 98%, foi reconhecido com o novo status sanitário conquistado pelo Pará, de Zona Livre da Febre Aftosa Sem Vacinação, de acordo com a portaria nº 665/2024, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), publicada no último dia 21, um marco para a pecuária.

A portaria entra em vigor a partir do dia 02 de maio, após a realização da última campanha de vacinação, que foi antecipada e acontecerá de 1º a 30 de abril, seguindo os protocolos do plano estadual para suspensão da vacina. O produtor precisa ficar atento ao novo calendário, pois não haverá prorrogação e ao prazo para declarar a vacina, que será até o dia 15 de maio.

"Até a portaria entrar em vigor, precisamos seguir os demais protocolos que é a última etapa de vacinação, de 1º a 30 de abril, declarações até o dia 15 de maio e a sorologia de estudos epidemiológicos, que já está acontecendo em algumas propriedades escolhidas", ressalta George Santos, gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa.

Após a etapa de vacinação, as vendas e aplicação de vacina contra febre aftosa estarão proibidas no Estado e partir do dia 1° de maio, haverá restrição de entrada de animais vacinados, assim as fiscalizações nas revendas e do trânsito agropecuário serão intensificadas pela Agência de Defesa.

Novo status sanitário

A conquista do novo status sanitário possui recomendações especificas que são determinadas pela Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa). Além da antecipação da campanha, estão as atividades de vistoria e coleta de amostras de sangue de bovinos, para o estudo sorológico que constata a ausência de circulação viral da febre aftosa, trabalho já iniciado pela Agência de Defesa.

Ao todo, 102 propriedades rurais localizadas em 55 municípios do Estado, participarão do estudo. A expectativa é que devam ser colhidas amostras de sangue de 3.400 bovinos, com idades de até 24 meses.

Além dessas recomendações, o Estado precisa ficar um ano sem vacinação, e por igual período, sem receber animais vacinados, para que possa conquistar o status internacional de Zona Livre da Febre Aftosa Sem Vacina. Atualmente, o Pará é o segundo Estado com maior rebanho do país, formado por mais de 26 milhões de animais.