Presidente Lula defende que Robinho seja preso no Brasil

Robinho foi condenado em 2017, na Itália, por ter participado de um estupro coletivo contra uma mulher albanesa.

Fotos: PR/Ricardo Stuckert // Atlético/Bruno Cantini

Fotos: PR/Ricardo Stuckert // Atlético/Bruno Cantini

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu que o ex-jogador Robinho, condenado a nove anos de prisão na Itália pelo estupro coletivo de uma mulher albanesa, cumpra pena no Brasil. A declaração foi feita em uma entrevista concedida pelo petista ao telejornal SBT Brasil.

- Todas as pessoas que cometerem crimes de estupro têm que ser presas. As pessoas precisam aprender que a relação sexual não é apenas o desejo de uma parte. É a concórdia das partes que estão em jogo. Um homem, um jovem, que tem dinheiro, um jovem rico, famoso, praticar estupro? E coletivo? E acha que não cometeu crime. Acha que estava bêbado? Ah, cria vergonha - disse.

Ao veículo, o presidente disse ainda que espera que Robinho "pague o preço da irresponsabilidade dele".

- Não precisava ter feito isso com a menina - concluiu.

SOBRE O CASO
Robinho foi condenado em 2017, na Itália, por ter participado de um estupro coletivo contra uma mulher albanesa, em 2013, em uma boate em Milão. O ex-atleta recorreu da decisão, mas teve as tentativas esgotadas em 2022, após o caso transitar em julgado no país europeu.

Como o ex-jogador está em território brasileiro, e a Constituição Federal impede extradição de brasileiros natos, o governo italiano pediu que Robinho cumpra a pena no Brasil. O pedido em questão tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o julgamento do caso deve acontecer no próximo dia 20 de março.

Em novembro, o Ministério Público Federal (MPF) argumentou que o pedido feito pelo Tribunal de Milão de homologação da sentença deve ser aceito pela Corte. Segundo o subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, "todos os pressupostos legais e regimentais para o prosseguimento de execução penal foram cumpridos".