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MENINO MORTO HÁ 5 ANOS

Patroa condenada pela morte de Miguel tem pena reduzida

A Justiça de Recife decidiu manter a condenação de SarĂ­ Corte Real pela morte do menino Miguel, que ocorreu em 2020. No entanto, os desembargadores decidiram reduzir a pena da acusada


Sarí teve pena reduzida | Reprodução

Em 2020, o Brasil ficou em choque o caso do menino Miguel, de 5 anos. A criança foi deixado dentro do elevador de um condomĂ­nio de luxo em Recife pela patroa a mãe, SarĂ­ Corte Real e caiu do nono andar do prĂ©dio. Miguel não resistiu e morreu.

SarĂ­ foi condenada por abandonar a criança no elevador e responsabilizada pela morte de Miguel. A Justiça condenou a mulher a oito anos e meio de prisão. No entanto, na Ășltima quarta-feira (8), a Terceira Câmara Criminal do TJ-PE (Tribunal de Justiça de Pernambuco) reduziu a pena de SarĂ­.

Por 2 votos a 1, o tribunal decidiu por reduzir a pena da acusada para sete anos de prisão em regime fechado. A decisão ainda cabe recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Relembre o caso

O menino Miguel caiu do nono andar do condomĂ­nio de luxo PĂ­er MaurĂ­cio de Nassau, localizado no centro de Recife, no dia 2 de junho de 2020 - durante a pandemia da covid-19. A criança Ă© filho de Mirtes Santana, que trabalhava no apartamento de SarĂ­ e do marido, SĂ©rgio Hacker, que era prefeito da cidade de TamandarĂ©, como empregada domĂ©stica.

Mirtes havia deixa o filho com a patroa para levar o cachorro da famĂ­lia para passear quando a tragĂ©dia aconteceu. Imagens de cameras de seguranças mostram o momento em que SarĂ­ deixa Miguel sozinho dentro do elevador. Desorientado, o menino sobe do quinto andar atĂ© o nono, de onde caiu.

Sari foi condenada em 2022 por abandono de incapaz com resultado morte. Mas, responde o processo em liberdade. A famĂ­lia de Miguel pede o aumento da pena, enquanto os advogados de SarĂ­ querem a anulação da condenação.

Para a defesa, não houve crime. No julgamento, desta quarta-feira (8) o desembargador ClĂĄudio Jean Nogueira VirgĂ­nio votou pela manutenção da pena de 8 anos e meio. Contudo, a divergĂȘncia começou com a desembargadora Dayse Andrade, que votou pela redução da pena para 6 anos em regime semiaberto. Terceiro a votar, o desembargador Eudes França votou por uma pena de 7 anos em regime fechado.

"Não hĂĄ pedido algum a lhe autorizar a prisão preventiva, a sua presunção de inocĂȘncia segue atĂ© trânsito em julgado da decisão sobre o caso nas instâncias superiores em face de recurso, caso ocorra", diz um trecho da decisão.

SarĂ­ Cortes Real foi denĂșncia pelo MinistĂ©rio PĂșblico de Pernambuco em 2020 por abandono de incapaz com resultado morte, alĂ©m disso, com o agravante de que Miguel era uma criança e pelo estado de pandemia na Ă©poca. A PolĂ­cia Civil tambĂ©m havia indiciado a acusada pelo mesmo crime.

O Tribunal Regional do Trabalho da 6Âș Região condenou que os ex-patrões, SarĂ­ e SĂ©rgio, pagasse uma indenização de R$ 2 milhões para Mirtes e Marta Maria, avó de Miguel. AlĂ©m disso, em junho deste ano, o TST (Tribunal Superior do Trabalho) condenou os dois a pagarem R$ 386 mil de indenização por danos morais coletivos.

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