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Guerra

Nova fase do conflito: Israel mantém bombardeio em Gaza, neste sábado (28)

Ao longo da noite de sexta (27), houve incursões por terra e bombardeios intensos


Tropas israelenses lançam morteiros contra a Faixa de Gaza, neste sábado (28) (Foto: Aris Messinis / AFP)

Após uma noite intensa de incursões por terra e ar, Israel mantém, neste sábado (28) ataques aéreos ininterruptos na Faixa de Gaza. Como informou o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, os militares do país "mudaram de fase na guerra" e a operação vai continuar "até novo aviso". Moradores de Gaza declararam ser "catastrófica" a situação vivenciada por eles naquela região, com civis isolados do mundo exterior. A maioria das pessoas não tem acesso a linhas telefônicas e internet.

Os ataques de Israel à Faixa de Gaza começaram desde quando o grupo Hamas atacou o país em 7 de outubro. Os ataques do Hamas provocaram a morte de 1.400 pessoas e 229 outras foram tomadas como reféns. Segundo o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas em Gaza, mais de 7.500 pessoas foram mortas desde o começo do bombardeio retaliatório de Israel. Entretanto, sem as telecomunicações funcionando em Gaza, com cerca de 2,3 milhões de palestinos, não há como saber o que acontece nessa região.

O ministro israelense Gallant destacou que "esta noite a terra em Gaza tremeu". "Atacamos acima e abaixo do solo. Atacamos agentes terroristas de todos os níveis, em todos os lugares. As diretrizes para as forças são claras: a operação continuará até novo aviso", complementou.

Um soldado do exército israelense avança durante um exercício em uma posição na região da alta Galiléia, no norte de Israel, perto da fronteira com o Líbano, em 28 de outubro de 2023, em meio ao aumento das tensões transfronteiriças entre o Hezbollah e Israel. (Foto: Jalaa Marey / AFP)

Divisão

O conflito entre Israel e Hamas divide opiniões entre países. Para os Estados Unidos, Israel está no seu direito em manter a ofensiva contra o Hamas. Um total de 120 países votaram a favor de uma trégua, incluindo Brasil, França e Bélgica, na Assembleia Geral da ONU, na sexta-feira (27). No total, 14 países votaram contra e houve 45 abstenções. No entanto, essa resolução, apesar de aprovada em massa, não tem cumprimento obrigatório.

Crimes de guerra

Ao se pronunciar neste sábado (28) para uma multidão em Istambul, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, chamou os ataques de Israel em Gaza de "massacre". Ele enfatizou que os "principais culpados" pelo que considerou como crimes de guerra por parte de Israel são os aliados ocidentais do país. "Iremos declarar Israel como criminoso de guerra para o mundo. Estamos nos preparando para isso e apresentaremos Israel ao mundo como um criminoso de guerra", afirmou Erdogan. Para ele, o Hamas não se apresenta como "uma organização terrorista".

Ao considerar como duras as declarações de Istambul, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, ordenou que os diplomatas israelenses deixassem a Turquia. No sábado, o presidente turco reiterou suas críticas ao Ocidente, a recusa dele em pedir um cessar-fogo em Gaza e apelou pela unidade do mundo muçulmano.

Ataques

Ainda neste sábado (28), Israel, por intermédio do porta-voz da Forças de Defesa, Daniel Hagari, reforçou o apelo para que cidadãos do norte de Gaza e dessa própria cidade sigam para o sul imediatamente. Ele pontuou que o Hamas coloca a vida dos palestinos em perigo ao armazenar armas em áreas civis. Esse recado à população de Gaza foi dado por meio de lançamento de panfletos pelo ar, internet, rádio e métodos adicionais. Segundo Hagari, o Hamas utiliza o hospital Al Shifa, o maior de Gaza, como escudo para túneis subterrâneos e centros de comando

Em Londres, neste sábado (28), milhares de manifetantes pró-Palestina protestam pelo fim dos ataques israelenses em Gaza. Cerca de 100 mil pessoas saíram às ruas da capital da Inglaterra para pedir pelo fim dos bombardeios na Faixa de Gaza, e outras cidades do Reino Unido também registram protestos.

Invasão 

Na chamada "invasão limitada' da parte de Israel à Faixa de Gaza, foram utilizados cerca de 100 aviões de combate. As tropas israelenses entraram no norte de Gaza à noite e permanecem atuando na área, neste sábado (28). Comandantes do Hamas foram mortos durante a noite, como informou o porta-voz Hagari. Ele informou que caminhões de ajuda humanitária entrarão hoje (28) em Gaza levando alimentos e água para a população.

Houve, segundo Hagari, 311 mortes de militares israelenses desde o ataque do Hamas em 7 de outubro. Hagari confirmou ainda que 229 pessoas são mantidas como reféns em Gaza. Acerca dos reféns, ele destacou que "trazer de volta os sequestrados para casa é um esforço nacional supremo". "E todas as nossas atividades, operacionais e de inteligência, visam atingir o objetivo", completa.

Apelo

Famílias dos reféns fizeram apelo, via comunicado divulgado na manhã deste sábado (28) para que o ministro da Defesa israelense e os membros do gabinete de guerra possam se reunir com eles o quanto antes. Externaram que: "Esta noite foi a mais terrível de todas as noites. Foi uma noite longa e sem dormir, tendo como pano de fundo a grande operação das Forças de Defesa de Israel na faixa, e a absoluta incerteza quanto ao destino dos reféns ali detidos, que também foram sujeitos aos pesados bombardeios". Segundo o comunicado, a operação terrestre de Israel coloca em perigo os 229 reféns na Faixa de Gaza.

O ministro Gallant concordou em se reunir com representantes do grupo, ainda neste domingo (29). 

Líder

As forças israelenses informaram, por volta das 2h da madrugada deste sábado (28), horário de Brasília (DF), ter matado o líder das operações aéreas do Hamas, Asem Abu Rakaba. Ele teria liderado o uso de drones e parapentes no ataque a Israel em 7 de outubro. 

Outro agravante no conflito é que, ainda na sexta-feira (27), o Departamento de Estado dos Estados Unidos orientou os seus cidadãos a saírem do Líbano enquanto há voos disponíveis, o que funciona como uma possível expansão do conflito. Nos últimos dias, disparos entre as forças israelenses e o grupo xiita libanês Hezbollah têm se intensificado.

Roma News

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