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"Vaquinha" virtual

Família de paraense morta em Goiás precisa de R$ 11 mil para trazer o corpo ao Pará

Altaise Sousa, morta a facadas pelo ex-companheiro, deverá ser enterrada no município de Bragança


Reprodução internet

Familiares e amigos de Altaise Sousa, 26 anos, morta a facadas pelo ex-companheiro e enterrada no quintal da casa dele, na cidade de Anápolis, em Goiás, estão engajados em uma "vaquinha" virtual que tem como objetivo arrecadar R$ 11 mil para levar o corpo até Bragança, no nordeste do Pará, onde deverá ser sepultado.

À reportagem de O Liberal, uma pessoa próxima da família da jovem confirmou a veracidade da campanha de arrecadação. Quem quiser ajudar pode transferir qualquer valor, via PIX, para o irmão de Altaise, por meio da chave paivapaulo145@gmail.com.

Entenda o caso

O assassinato de ??Altaise Sousa veio à tona na última quarta-feira (1º). O corpo dela foi encontrado no dia 27 de fevereiro, mesma data em que ocorreu a prisão do suspeito, identificado como Renan Vieira, 26 anos. Mas, segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), a perícia apontou que a vítima havia sido morta cerca de 20 dias antes dessa data, portanto, no dia 7. Altaise estava desaparecida desde o início do mês passado.

Renan foi preso depois de confessar o crime em um bar da cidade. A motivação teria sido o desgaste do relacionamento. Uma pessoa que estava no estabelecimento ouviu a conversa e denunciou o suspeito à polícia, acrescentando que ele estaria planejando fugir. O rapaz deverá responder pelo crime de feminicídio e também por ocultação de cadáver.

A princípio, as investigações apontam que o suspeito agiu sozinho, "esfaqueando a jovem por 14 vezes", detalhou a polícia goiana. "Depois, enrolou-a em uma cortina e a enterrou. Não há, até o momento, na investigação, indícios de que haja coautores ou partícipes", informou.

O caso continuará sendo investigado pela Polícia Civil de Goiás, "uma vez que não há motivo para transferência da competência para a Polícia Civil do Pará, conquanto a vítima seja paraense, já que, não obstante, o fato ocorreu e se consumou em Anápolis (GO), território goiano, cuja atribuição investigativa é da PCGO", esclareceu o órgão. Nos próximos dias, o inquérito policial será concluído e remetido ao Judiciário.

Desaparecimento

Segundo a Polícia Militar de Goiás, sempre que a vizinhança perguntava por Altaise, o suspeito dizia que o casal havia se separado, na tentativa de justificar o sumiço da moça. De acordo com o major Leandro Borges, comandante da Companhia de Policiamento Especializado (CPE), apesar de a jovem ter ficado quase um mês desaparecida, o sumiço não foi comunicado à polícia e, talvez, a família nem soubesse do ocorrido.

"Alguns vizinhos mencionaram que ele teria dito, para justificar a ausência dela, que ela teria se separado dele e mudado do local. Eles são naturais do Pará, o que a gente imagina é que a família não recebia notícias rotineiramente", afirmou o major.

Altaise já havia feito denúncia contra o ex-companheiro por violência doméstica e chegou a conseguir medidas protetivas, segundo a polícia local. Os dois se separaram após a jovem ter sido agredida, porém reataram o relacionamento.

OLIBERAL.COM

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