Daniel Alves muda mais uma vez seu depoimento e fala que recebeu sexo oral sem consentimento

Reprodução internet

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Após completar um mês preso nesta segunda-feira, Daniel Alves teria alterado pela quarta vez sua versão do caso de estupro o qual ele é acusado. Segundo informações do jornal catalão "ARA", o lateral afirmou que, na verdade, foi vítima de abuso sexual da mulher que o denunciou. Ainda segundo o ex-jogador do Barcelona, essas informações foram escondidas por ele para "proteger a mulher".

"Segundo fontes consultadas, a voz de Daniel Alves tremeu um pouco e acabou por dizer: "A verdade é que queria proteger esta jovem". Ele não queria acusá-la de uma agressão sexual em que ele se apresentava como vítima e ela como agressora. "Ela foi direto para mim. Eu não toquei naquela garota", insistiu. Especificamente, o atleta brasileiro assegurou que quando estava sentado no banheiro a mulher entrou e praticou sexo oral nele, o que ele não consentiu, mas também não fez nada para impedir", relatou a publicação no jornal catalão.

Daniel Alves já mudou a sua versão do caso diversas vezes. Inicialmente, ele afirmou que não conhecia a mulher e nem tinha a encontrado na boate Sutton, em Barcelona, onde o crime teria ocorrido. Depois, porém, afirmou que esteve com a mulher, mas que não tinha feito nenhum ato sexual.

Futuramente, confessou que praticou sexo com ela, mas sendo completamente consensual entre os dois envolvidos. Agora, o jogador a acusa de abuso sexual, e que o ato não foi consentido por ele.

CASO DANIEL ALVES

A juíza Maria Concepción Canton Martín decretou a prisão de Daniel Alves no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao prestar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.

A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da casa noturna, segundo o jornal El Periódico. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido.

A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d"Esquadra), que colheu depoimento da vítima. Uma câmera usada na farda de um policial gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o que foi dito por ela no depoimento oficial. A mulher também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.

Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa "Y Ahora Sonsoles", da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.

No depoimento, porém, de acordo com os meios de comunicação da Espanha, o atleta afirmou que esteve com a mulher, mas sem ato sexual. Posteriormente, admitiu o ato sexual, mas alegou que a relação foi consentida. Segundo a rádio Cadena SER, imagens da vigilância interna do local confirmam que Daniel Alves ficou 15 minutos com a mulher no banheiro. Material coletado encontrou vestígios de sêmen tanto internamente quanto no vestido da denunciante.

Com informações de O Dia