A Federação Real Marroquina de Futebol anunciou que a seleção só vai competir se houver um voo direto de Rabat, a capital marroquina, para a cidade argelina de Constantine, onde Marrocos jogaria suas partidas.
Aeronaves comerciais e militares marroquinas estão proibidas de voar no espaço aéreo argelino, já que os dois vizinhos romperam relações diplomáticas no ano passado.
A disputa está relacionada a várias questões, incluindo reivindicações territoriais sobre o Saara Ocidental, um território que Marrocos anexou em 1975 e do qual os saharauis apoiados pela Argélia buscaram a independência.
A Federação Marroquina enfatizou em um comunicado na terça-feira que indagou à União Africana de Futebol sobre os procedimentos para eventos esportivos continentais e pediu para "facilitar as condições para as seleções participantes".
Em carta à União Africana, a Federação exigiu que a seleção pudesse voar diretamente para Constantine em um avião particular da Royal Air Maroc, companhia aérea oficial das seleções marroquinas. O governo argelino não respondeu publicamente à demanda.
Jogadores de clubes locais vão participar da Copa Africana, de 13 de janeiro a 4 de fevereiro. Marrocos enfrentaria Sudão, Madagascar e Gana na fase de grupos.
Marrocos se tornou a primeira nação árabe ou africana a chegar às semifinais de uma Copa do Mundo, este ano no Catar. Terminou o Mundial na quarta colocação, após perder para França e Croácia.
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