EUA: Bispo é roubado ao vivo, agride mulher e acaba detido por fraude

EUA: Bispo é roubado ao vivo, agride mulher e acaba detido por fraude

Lamor Whitehead foi acusado de usar a sua congregação, no bairro de Canarsie, no Brooklyn, para convencer uma mulher a investir 90 mil dólares (cerca de 450 mil reais) em Whitehead, argumentando que ele iria ajudá-la a comprar uma casa. No entanto, segundo os documentos da polícia norte-americana, citados pela NBC News, Whitehead gastou antes "milhares de dólares em bens de luxo e roupa".

Noutra acusação, o bispo é também acusado de pressionar um empresário a dar-lhe quase 5 mil euros. Ao mesmo empresário, Whitehead tentou convencê-lo a dar-lhe cerca de 2,3 milhões de reais em troca de "favores junto do governo de Nova York", mas não conseguiu obter este valor.

Durante a investigação, o clérigo ainda teria mentido às autoridades durante um mandato de busca, ao contar à polícia que tinha apenas um celular, quando tinha dois.

"Lamor Whitehead abusou da confiança de um crente, assediou um empresário, depois tentou defraudá-lo ainda mais e mentiu aos agentes federais. A sua campanha de fraude e mentira acaba agora", afirmou um procurador de Nova York. Caso seja condenado por de as acusações, o bispo pode enfrentar um mínimo de 20 anos de prisão.

Whitehead é uma presença constante em vários eventos na cidade de Nova York, surgindo sempre com figurinos muito exuberantes em galas e cerimônias, sendo também conhecido pela sua relação próxima com o 'mayor' da cidade, Eric Adams.

A detenção do sacerdote surge depois de uma série de vídeos e transmissões turbulentas. Whitehead também foi assaltado durante um 'livestream' no Instagram - o vídeo ainda se encontra disponível em algumas redes e mostra um grupo a deambular pelo palco e a aproximar-se do clérigo, acabando por levar mais de 900 mil dólares em joalheria.

Em outra transmissão ao vivo, Whitehead é visto na sua congregação em Brooklyn argumentando com uma mulher, que depois arrasta pelos cabelos para o centro, dizendo-lhe que ia "torná-la famosa".O vídeo continuou sendo transmitido, mesmo depois da polícia aparecer e levar a acusada.