O cosmos está repleto de buracos negros minúsculos. Esses buracos negros são tão pequenos que sao capazes de deslizar entre os átomos. Por possuírem uma força gravitacional intensa, essas pequeninas singularidades podem ser o maior destruidor de átomos do mundo.
As informações acima foram divulgadas recentemente pelo portal LiveScience. De acordo com o artigo publicado pelo portal, se os cientistas forem capazes de criar esses pequenos buracos negros em laboratório, poderiamos descobrir novas informações sobre a natureza misteriosa da gravidade.
Minúsculos buracos negros
Atualmente, a comunidade científica estuda quatro forças fundamentais presentes na natureza: o eletromagnetismo, a força forte, a força fraca e, por fim, a gravidade. Todas as quatro forças operam de forma diferente, são incentivadas por motores diferentes e interagem de maneiras distintas.
Dentre todas elas, os cientistas consideram a gravidade como a mais fraca. Partindo desse pressuposto, imagine que uma partícula comece a ser sugada por um buraco negro. À medida que a partícula se aproxima do centro gravitacional do buraco negro, aumenta-se, portanto, sua aceleração, ocorrendo, assim, uma mudança em sua velocidade em relação a sua aproximação.
Para os cientistas, o problema, aqui, envolve a força da gravidade. Sendo das quatro forças a mais fraca, como o buraco negro seria capaz de promover uma mudança em sua velocidade de aproximação?
Por conta disso, inúmeros questionamentos passaram a ser levantados. O segundo questionamento – e um dos mais importantes – que paira sobre a comunidade científica envolve a interação entre essas forças.
Quando duas "altas" energias se interagem, com, por exemplo, as forças eletromagnética e a nuclear fraca, ambas se unificam, gerando, portanto, a chamada força eletrofraca. Independente da intensidade das energias, quando há uma interação entre elas, a gravidade acaba estando presente no processo, mesmo sendo uma energia fraca.
Por conta da intensidade em processo de unificação entre as forças, torna-se extremamente complicado estudar o processo. Para entender mais sobre o fenômeno, os cientistas precisaram, por exemplo, de um acelerador de partículas do tamanho de nossa galáxia.
No momento, desvendar esse processo é algo impossível. Por isso, os cientistas resolveram focar a atenção em uma única pergunta: por que a gravidade, sendo a mais fraca de todas as forças, é capaz de gerar a energia necessária para fundir as outras forças?
Os buracos negros e interação entre as forças
Há mais elementos e forças se interagindo no universo do que imaginamos. Existem também inúmeras dimensões no espaço. Em ambos os cenários, a gravidade está presente. E em cada cenário força da gravidade varia. Além disso, segundo especialistas, a gravidade pode vagar livremente entre todas as dimensões. Essa transição gravitacional acaba diluindo sua força, fazendo com "pareça" fraca.
Dessa forma, seria totalmente possível entender a atuação da gravidade nos processos já descritos, sem a necessidade de um acelerador de partículas do tamanho de uma galáxia. Os cientistas podem até utilizar o Grande Colisor de Hádrons, um anel de 27 quilômetros de comprimento, localizado na fronteira da França com a Suíça, onde, por exemplo, experimentos com prótons são realizados.
Então, como entender a interação existente entre a gravidade e os buracos negros? Uma das maneiras seria a produção de buracos negros microscópicos, com o Grande Colisor de Hádrons.
À primeira vista, a ideia parece insana, mas se levarmos em conta que os minúsculos buracos negros evaporariam em menos de 27 segundos, o experimentos, para os cientistas, acaba tornando-se fundional. Afinal, é por meio dele que descobrimos novas informações sobre o universo da gravidade.
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