População paga o "pato"

Rodoviários

"Segundo o Sindicato dos Rodoviários de Belém, às 15h haverá uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), já que os empresários não acataram os pedidos da categoria.

Em Ananindeua, as principais avenidas da cidade amanheceram sem ônibus. Enquanto isso, os passageiros ficam na esperança de conseguir transporte. "Eu cheguei aqui 5h30 da manhã e até agora nada. Essa greve só faz prejudicar os trabalhadores", diz o técnico em telefonia, Éder Silva".

A notícia acima é do ano de 2016, porém, desde a década de 80, a população de Belém, Ananindeua e adjacências sofrem com o descaso do poder público com relação ao direito de ir e vir dos usuários.

Certa vez, no ano de 1987, fiz uma caminhada do bairro do Telégrafo até a BR 316; tinha que cumprir meu plantão noturno, onde eu trabalhava naquela época. Isso me rendeu uma promoção.

Desde aquele tempo já se desenhava um padrão de reinvidicações que para serem conquistados era necessário passar por cima de direitos de uma população trabalhadora e sofrida.

Nos dias atuais a situação se torna mais escabrosa;com a Pandemia, a frota diminuiu, e os usuários precisam dar os seus "pulos", para cumprirem seus horários.

É verdade que os rodoviários precisam ser bem remunerados, assim como professores ou qualquer outro profissional. Porém, é correto afirmar que os usuários não podem continuar a pagar o pato, pois, a questão da greve é antiga e não engana mais ninguém. É apenas o prenúncio de aumento do preço das tarifas.