A sentença foi fundamentada em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) apresentada pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP).
Na quinta-feira (30), o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) tomou a decisão de cassar o mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), com a votação registrada em 5 a 2. Contudo, essa decisão não produz efeito imediatamente, uma vez que a deputada possui a possibilidade de apelar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A sentença foi fundamentada em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) apresentada pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo concluiu que Zambelli exerceu abuso de poder político e utilizou inadequadamente os meios de comunicação, resultando em sua inelegibilidade por um período de oito anos, iniciado a partir das eleições de 2022.
O relator do processo, desembargador Encinas Mafré, se posicionou a favor da anulação e enfatizou o "uso indevido da liberdade de expressão e um ato de clara má-fé". Ele citou uma postagem realizada por Zambelli em 2022, na qual a parlamentar alegava que as urnas eletrônicas na cidade de Itapeva, no interior paulista, teriam sofrido manipulação.
O processo judicial foi suspenso em dezembro de 2023, quando a juíza Maria Cláudia Bedotti pediu um prazo adicional para revisar o caso. Com a deliberação do TRE-SP, a situação agora pode ser levada a um recurso no TSE, que irá decidir sobre o futuro do mandato de Zambelli.