Cinco bairros de Maceió estão afundando por conta das atividades da mina da empresa Braskem. A área no entorno da fábrica está em risco iminente de colapso.
De acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil neste domingo (3), informou que mesmo com a velocidade já tendo se estabilizado em 0,7 cm/hora, o solo já afundou 10,8 centímetros só nas últimas 24h.
Com isso, ao todo, o solo já cedeu 1.69 metros desde o último dia 29 de novembro. As autoridades reafirmaram que o alerta permanece máximo para a região. Na última sexta-feira (1°), a velocidade ficou em 2,6 cm/hora, mas, chegou a ficar em 5 cm/hora.
A Prefeitura de Maceió tem criado ações para informar a população. A última foi um canal no WhatsApp para passar informações sobre as condições da mina.
Entenda o caso
Na última quarta-feira, a Defesa Civil de Maceió alertou que uma mina da Braskem está em risco iminente de colapso. A população que mora próximo à área atingida foi orientada a deixar o local e procurar abrigo, e a prefeitura decretou estado de emergência por 180 dias.
No entanto, o drama das pessoas que moram na região já dura há anos. Por conta das atividades da Braskem, o solo foi fortemente afetado, causando rachaduras nas ruas, casas e desabrigando milhares de famílias.
Os tremores na região foram causados pelo deslocamento do subsolo, decorrente da extração do sal-gema, usado para produzir soda cáustica e PVC.
Até o momento, cerca de 15 mil imóveis já foram desocupados, deixando mais de 60 mil moradores sem casas. A Braskem não assumiu a responsabilidade pelo afundamento dos bairros.
Fonte: DOL