Bruno Lima, 39 anos, atual coordenador administrativo da Subprefeitura do Distrito do Apeú, pedagogo, especialista em pedagogia clínica institucional, gestor ambiental e educacional, relembra como era o igarapé Apeú em décadas passadas.
"Quando eu era criança, o igarapé era cheio, limpo, descíamos de jangada, tomávamos banho sem medo da poluição e até bebíamos água dele. Quando saía da escola, não podia deixar de mergulhar no igarapé, era nossa diversão, chegava em casa todo molhado, mesmo com os "carões" da mamãe, mas era nossa felicidade", afirmou Bruno.
O igarapé Apéu, nasce no interior da Fazenda Buriti (cabeceira do Apeú), em Castanhal, tem 21,0km de percurso, passando por Boa Vista e Macapazinho, desaguando no Rio Inhangapi. Com o passar do tempo sofreu grandes modificações, cujo principal agente transformador é o homem, em função de suas atividades econômicas. Há pelo menos 4 décadas, o igarapé Apeú sofre assoreamento, acumulando terra, lixo e matéria orgânica no fundo. A expansão urbana ao longo do igarapé vem desmatando as margens, provocando também a poluição do rio.
Em época de veraneio, a comunidade do Distrito de Apeú sempre se preparou para receber familiares, amigos e turistas a fim de usufruírem das "gostosas" águas do igarapé. "Era festa todos os dias no igarapé. No "Beira Rio", atual Orla do Apeú, era parada obrigatória para alguns que vinham das praias; tinham passeios de turistas para o nosso igarapé", relembrou Bruno.
Hoje, o Distrito do Apeú não perdeu seu encanto, avanços na infraestrutura, desenvolvimento socioeconômico e muitas novidades ocorreram, porém, Bruno deixa claro que o igarapé Apeú precisa de mais cuidados, projetos devem ser pensados e repensados a fim de minimizar seu assoreamento e poluição.