Em 2021 a ex-modelo Halima Aden, descente somali, que nasceu no Quênia, se tornou uma das 100 mulheres influentes no mundo. Aden fez campanha para melhorar a conscientização e a visibilidade das mulheres muçulmanas e foi embaixadora da Unicef ??para os direitos das crianças.
Dando continuidade a nossa série de matérias especiais sobre a semana da mulher, nossa entrevistada também é modelo. Cássia Adriane de Araújo Bezerra, 23 anos, natural de Belém do Pará é formada em Educação Física pela Universidade Federal do Pará e cursa Libras e Inglês no Instituto IEPA.
Quando iniciou no universo dos concursos de beleza, a jovem participou e ganhou o seu primeiro concurso no Miss Pará Internacional, chegou a representar o estado do Pará no Miss Brasil Internacional e ficou em segundo lugar na competição. Cássia, além de modelo, miss, atua como professora de educação física especialista em grupos especiais, como grupo de idosos, gestantes, deficientes, etc.
"Retornei para Belém em 2020, fui eleita Miss Pará Terra 2020 e 2021 também..., e ganhei o Miss Brasil Terra 2021, que foi lá em Manaus" contou Cássia em entrevista ao LigNews.
Cássia conta que ganhou muita visibilidade como miss, e já conheceu mais de 16 estados brasileiros e viajou para o exterior. Atualmente a modelo é Miss Universo Castanhal 2023 e vai concorrer ao Miss Pará em maio deste ano.
Cássia Adriane também respondeu algumas perguntas durante a entrevista, que você confere a seguir:
1- Nesse mês em que celebramos todas as mulheres, como você define a figura da mulher em duas palavras?
Cássia: Revolucionária e multifacetada.
2- Sobre ser mulher e ter que ser mãe, você acha que ainda existe essa cobrança da sociedade?
Cássia: Com certeza, hoje a figura da mulher, assim como seu papel na sociedade vem se transformando conforme as conquistas sociais que alcançamos, mas ainda há quem carregue essa ideia de que a mulher pra ser designada como tal, precisa ser mãe, mas acontece que a maternidade não pode ser uma imposição, há mulheres que simplesmente não desejam serem mães e essa decisão só cabe a ela.
3- Infelizmente as mulheres ainda sofrem com problemas sociais relacionados à violência. Um deles, infelizmente é a morte de mulheres por seus companheiros. Qual sua opinião sobre o feminicídio e o que deveria ser mudado nas leis do país?
Cássia: A própria desigualdade social e de gênero acarreta esse tipo de situação às mulheres, tanto no trabalho, em cargos de liderança em que é ocupado majoritariamente pelo público masculino, até chegar na dona de casa, aquelas que muitas vezes se veem dependente financeira e emocionalmente de seus companheiros, essas mulheres precisam de apoio social e do governo, pra que não se vejam desamparadas e fiscalização eficiente na aplicação da lei Maria da Penha.
4- Que recado você daria às mulheres sobre realização pessoal e empoderamento?
Cássia: Não há idade, escolaridade e nem posição social pra encontrar o seu propósito e começar a entender que nós podemos fazer e sermos o que quisermos, comece com o autoconhecimento, ame a si, cuide de si e nós viemos ao mundo para sermos livres, estamos todas juntas!
