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SÓ 1 HORA E MEIA

Viagem de trem de Belém até Salinas seria vantagem, aponta pesquisador, apenas uma hora e meia


Foto: Reprodução/portalamazonia

O professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Roberto Pacha, aponta o potencial de crescimento e o aproveitamento desse potencial com investimento e infraestrutura de transportes. As riquezas da biodiversidade da floresta amazônica, assim como as diversas manifestações artísticas e culturais já fazem do estado do Pará um atrativo natural para o segmento do turismo. Prova disso foi o desenvolvimento do setor nas localidades da vila de Alter do Chão, em Santarém, região oeste do estado, que ganhou popularidade mundo afora.

Roberto Pacha conta com sua experiência de mais de 40 anos na área de engenharia civil, o docente tem especialização em gerenciamento de transporte fluvial, engenharia naval e ferrovias. Atualmente, o professor leciona no curso de engenharia ferroviária e logística.
"O turismo da Amazônia é muito atrasado justamente por causa da falta de infraestrutura de transporte", expõe Pacha, que fala sobre a falta de ferrovias como um gargalo do setor.
"As poucas ferrovias que foram feitas no Brasil foram feitas para atender a interesses puramente privados para a exportação das nossas matérias-primas, por exemplo no ciclo do café e no ciclo do açúcar. Foram diversos ciclos econômicos em que donos dessas benfeitorias agrícolas importavam engenheiros e operários e construíam pequenas ferrovias como se fossem verdadeiros corpos estranhos no território brasileiro, sem nenhum interesse de integração nacional e desenvolvimento do Brasil, nem de criar uma indústria ferroviária no pais", afirmou o docente.

De acordo com Pacha, uma viagem de ferrovia entre Belém e Bragança, por exemplo, duraria cerca de 1h30. A ideia era de que existisse ferrovias que ligasse Belém aos municípios mais populosos da região.

"Ela estaria no mesmo lugar, com seu traçado mas seria uma ferrovia de maior velocidade, dando um lucro e um benefício social estupendo para a região amazônica. Talvez seria a empresa mais importante que teria no Pará porque uma ferrovia não gera lucro só para o dono dela com venda de passagem e frete de carga, ela gera centenas de empregos na indústria porque você tem que fazer trem, dormente, trilho e tudo mais. O Pará teria uma indústria que não tem hoje. Somos um estado pobre e desindustrializado", contextualizou o docente.

Para o professor, em um cenário em que houvesse mais projetos ferroviários, seria possível, por exemplo, interligar Belém a Salinópolis, a viagem duraria em média 1h30, além de levar cargas e passageiros da capital a Santarém em cerca de 10 horas.

Dentre outras vantagens, uma ferrovia extensa poderia ainda estabelecer conexões com diversos municípios do Arquipélago do Marajó, segundo Pacha, contornando os estreitos de Breves até a região de Soures, no Marajó.


As informações são de O Liberal.

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