"As poucas ferrovias que foram feitas no Brasil foram feitas para atender a interesses puramente privados para a exportação das nossas matérias-primas, por exemplo no ciclo do café e no ciclo do açúcar. Foram diversos ciclos econômicos em que donos dessas benfeitorias agrÃcolas importavam engenheiros e operários e construÃam pequenas ferrovias como se fossem verdadeiros corpos estranhos no território brasileiro, sem nenhum interesse de integração nacional e desenvolvimento do Brasil, nem de criar uma indústria ferroviária no pais", afirmou o docente.
De acordo com Pacha, uma viagem de ferrovia entre Belém e Bragança, por exemplo, duraria cerca de 1h30. A ideia era de que existisse ferrovias que ligasse Belém aos municÃpios mais populosos da região.
"Ela estaria no mesmo lugar, com seu traçado mas seria uma ferrovia de maior velocidade, dando um lucro e um benefÃcio social estupendo para a região amazônica. Talvez seria a empresa mais importante que teria no Pará porque uma ferrovia não gera lucro só para o dono dela com venda de passagem e frete de carga, ela gera centenas de empregos na indústria porque você tem que fazer trem, dormente, trilho e tudo mais. O Pará teria uma indústria que não tem hoje. Somos um estado pobre e desindustrializado", contextualizou o docente.
Para o professor, em um cenário em que houvesse mais projetos ferroviários, seria possÃvel, por exemplo, interligar Belém a Salinópolis, a viagem duraria em média 1h30, além de levar cargas e passageiros da capital a Santarém em cerca de 10 horas.
Dentre outras vantagens, uma ferrovia extensa poderia ainda estabelecer conexões com diversos municÃpios do Arquipélago do Marajó, segundo Pacha, contornando os estreitos de Breves até a região de Soures, no Marajó.
As informações são de O Liberal.