A jovem Camila Miranda Matos, de 21 anos, ex-funcionária da empresa Brasil Bio Fuels Reflorestamento, Indústria e Comércio S/A (BBF RIC), morreu tragicamente na tarde de ontem, sexta-feira, 21, no distrito de Quatro Bocas, município de Tomé-Açu, no nordeste do Pará. Ela seguia como carona em uma moto Bizz quando o pequeno veículo foi arrastado por uma caçamba de cor branca, sem placa, clandestina, carregada com frutos frescos de dendê, possivelmente furtados de fazendas da empresa em que a vítima trabalhou.


O condutor da moto foi conduzido para um hospital, mas Camila morreu na hora. O motorista da caçamba, que fora contratada por indígenas acusados de envolvimento com quadrilhas que furtam dendê da BBF, foi levado por policiais militares para a Delegacia de Polícia de Quatro Bocas, onde foi autuado em flagrante conforme a legislação de trânsito vigente no país.
De acordo com as informações procedentes de Tomé-Açu, o corpo de Camila foi removido para exames de necropsia no Instituto Médico Legal do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, seção Castanhal. A caçamba foi apreendida.


Camila era filha do também funcionário da BBF, Francisco Miranda.


Este não é o primeiro caso de morte envolvendo veículos a serviço de criminosos que atuam na região de Tomé-Açu. Segundo a polícia, ao menos outras duas ocorrências envolvendo carros a serviço de indígenas já se registraram neste ano, ambas com vítimas fatais, em todos os casos, as autoridades foram comunicadas sobre o risco desse transporte clandestino mas até o momento quem está sofrendo com as consequências sao os cidadãos comuns do município.

Recentemente, também, houve um atentado a bala em que houve morte. Pistoleiros, que estavam em um carro vermelho, atiraram em um grupo que transportava mais de 110 mil reais em dinheiro, dinheiro esse de propriedade de um líder indígena, que provavelmente não era do conhecimento da sua comunidade. O caso está sob investigação da Polícia Civil.


Imagens: Reprodução/Internet