Uma bolada!

Grupo cobra R$ 40 milhões do Paysandu por venda de Pikachu

Em 2012, o Bicolor chegou a negociar com investidores a venda de Pikachu, porém, recuou após divergências na documentação

 Lateral direito Yago Pikachu, cria das categorias de base do Paysandu | Fernando Torres/ Arquivo Paysandu
Lateral direito Yago Pikachu, cria das categorias de base do Paysandu | Fernando Torres/ Arquivo Paysandu

Enquanto o departamento de futebol do Paysandu segue focado na busca do tricampeonato da Copa Verde, os demais setores do clube estão de olho nas eleições presidenciais que ocorrerão no próximo dia 7 de dezembro. O setor jurídico alviceleste vem tentando reverter um enorme problema ocasionado em gestões passadas que pode resultar ainda mais no aumento das dívidas do clube na justiça.

Recentemente, o Paysandu recebeu uma notificação extrajudicial de um grupo de investidores paulistas, encabeçado pelo empresário Luiz Oliveira, que entre o final do ano de 2012 e início de 2013, iria pagar cerca de R$ 800 mil pela compra de 30% dos direitos federativos de Pikachu. No entanto, a negociação do jogador para o grupo acabou sendo travada. E passados nove anos, chegou a cobrança no valor de R$ 40.222.159,52, referente a uma indenização contra o Papão.


Procurado pelo DOL, o então presidente do Paysandu, Luis Omar Pinheiro relatou que a negociação chegou a ser concretizada entre clube e o grupo de empresários, após aprovação dos membros do Conselho Deliberativo bicolor. "Você pode pegar os jornais da época que está tudo lá. No final do meu mandato, em 2012, o conselho deliberativo aprovou com um quórum expressivo na época o valor R$ 800 mil e até onde eu saiba essa história, o grupo que tentou comprar o Pikachu questionou porque ele não foi liberado", relatou Luiz Omar.

Pikachu acabaria vendido para o Vasco em 2016. O grupo de investidores entendem que foram lesados na negociação e pedem na justiça uma indenização de R$40 milhões, por parte do clube paraense. "É um absurdo tudo isso que está acontecendo pois na época, este grupo de investidores comprou os direitos do jogador e o dinheiro entrou para o Paysandu, com a negociação sendo toda divulgada em domínio público, hoje tudo é encoberto. Mas, tem umas coisas no futebol paraense que a gente não consegue entender. Teve a venda sim, mas a soberba de quem estava à época inviabilizou a negociação", finalizou.

POSICIONAMENTO DO CLUBE

Também de forma recente, um dos advogados do grupo voltou a se encontrar com os membros do departamento jurídico do Paysandu, além do presidente bicolor, Maurício Ettinger. Com os documentos mostrados pelos dirigentes bicolores, o mandatário provou que o dinheiro utilizado na transação acabou não chegando na Curuzu, e com isso, o Paysandu não teve interferência nenhuma na negociação que acabou nem sendo concretizada, pois Pikachu seguiu ainda mais 3 anos no clube bicolor, até o término de seu contrato.

"Realmente, sobre o processo do Pikachu, o Paysandu recebeu uma notificação extrajudicial e estamos fazendo o levantamento das informações para se preparar para uma futura ação judicial. Já temos algo levantado que foi da época dos presidentes Luiz Omar e Vandick. Já informamos que a negociação na época não foi irregular, porque na conta do Paysandu não pegou nenhum dinheiro com isso, e eles informaram de que fato não passou dinheiro, mas apresentaram os recibos", afirmou o presidente.

Fonte: DOL

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