Tiro na mão ou cabeça raspada?

Sequestro relâmpago em Belém: mulher é agredida e assediada sexualmente

A vítima estava indo para o trabalho, no bairro Val-de-Cans, em Belém, quando foi abordada por dois homens que a assediaram sexualmente e então rasparam a cabeça dela. Ela precisou desmarcar o casamento.

Nathalia registrou a ocorrência ainda na sexta-feira (23), na Seccional da Sacramenta, e retornou nesta segunda para dar continuidade às investigações (Ivan Duarte / O Liberal)
Nathalia registrou a ocorrência ainda na sexta-feira (23), na Seccional da Sacramenta, e retornou nesta segunda para dar continuidade às investigações (Ivan Duarte / O Liberal)

A podóloga Nathália Rodrigues, de 22 anos, foi agredida e assediada sexualmente na última sexta-feira (23), em Belém. Ela estava saindo de casa para o trabalho, por volta de 7h30, no bairro Val-de-Cans, quando foi abordada por dois homens armados, em um carro vermelho (ela não lembra o modelo). Na ação, ela relata que foi coagida a tomar um decisão: levar um tiro na mão ou ter a cabeça raspada. Ela registrou ocorrência na Seccional de Sacramenta, que investiga o caso.

"O motorista e o passageiro estavam armados e já saíram do carro mandando eu entrar. Ficavam passando a mão pelo meu corpo, me ameaçando, que não era para eu procurar a polícia, senão iam machucar eles porque sabiam onde todos moravam. Foi quando perguntaram o que eu queria: se era levar um tiro na mão ou no pé. Eu acabei dizendo que era para raspar o cabelo e então começaram a raspar", contou Nathália.

Após isso, com apoio da família, ela foi à Seccional da Sacramenta para registrar a ocorrência e mostrou as marcas que ficaram na cabeça dela. Após o registro, retirou o que restou do cabelo. Nesta segunda-feira (26), ela retornou à polícia para dar andamento às investigações. O noivo dela a acompanhou. Eles estavam de casamento marcado para dezembro deste ano.

"Não quero mais me casar desse jeito. Eu estou me sentindo mal, horrível... Como vou tirar uma foto e me lembrar disso tudo que fizeram comigo? Eu nem queria ir adiante com isso. Só fiz porque tive muito apoio da minha família", concluiu a moça. O caso segue em investigação e a Redação Integrada de O Liberal aguarda comentários da Polícia Civil sobre o inquérito.

Fonte: OLIBERAL.COM

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