Naufrágio

Tragédia em Cotiuba foi 4ª ocorrência em transporte de passageiros na rota Belém - Marajó em menos de 15 dias

Reprodução internet
Reprodução internet

A tragédia resultante do náufrago ocorrido nas proximidades da Ilha de Cotijuba, que deixou 11 mortos nesta quinta-feira, 8, causou grande comoção em todo estado e um gabinete de crise foi criado pelo governo para monitorar a situação e prestar assistência aos sobreviventes. No entanto, só nos últimos dias, esta foi a quarta ocorrência envolvendo o transporte fluvial de passageiros no trajeto Belém – Marajó.

Na tarde da última segunda-feira, 5 , passageiros que estavam em uma lancha da empresa Banav, que saiu de Belém para o Porto da Foz do Rio Camará, denunciaram e registraram o momento em que tiveram que fazer uma travessia perigosa para outro barco, devido a problemas mecânicos na lancha.

A embarcação era a única atualmente fazendo a travessia Belém-Camará, pois a lancha Lívia Marília, da empresa Arapari, foi suspensa por 30 dias após um princípio de incêndio ter sido registrado no último dia 27 de agosto, quando a embarcação que saiu do Terminal Hidroviário de Belém, com destino ao Porto da Foz do Rio Camará, teve que parar próximo à ilha de Cotijuba, em Belém, mesmo local da tragédia desta quinta.

Outra situação, foi registrada na terça-feira, 6, quando um navio da mesma empresa, a Banav, que tinha como destino o Marajó, retornou para a capital no meio do caminho após apresentar problemas mecânicos. Passageiros revoltados pediram ressarcimento do valor pago pelas passagens por conta do atraso.

Irregularidades

Em coletiva na tarde de ontem, o governador Helder Barbalho, junto com representante da Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon-Pa), confirmou que a embarcação Dona Lourdes II estava em situação irregular e não tinha autorização para fazer o transporte de passageiros. A lancha pertencia a empresa M Souza Navegações, que esta no nome de Meire Ferreira de Souza. A pessoa apontada como responsável pela embarcação no momento do ocorrido, segundo relatos de sobreviventes, era Marcos de Souza Oliveira, 34 anos, filho da dona da embarcação. Ele também estava na lancha e esta sendo procurado.

Ainda de acordo com as informações repassadas na coletiva, o suspeito já havia sido notificado três vezes durante fiscalizações, e que na última, uma outra embarcação, que estava sob a responsabilidade de Marcos, foi apreendida.

Durante depoimentos, alguns dos sobreviventes relataram as autoridades que ouviram um barulho anormal antes do naufrágio e uma peça do eixo teria se deslocado, o que teria ocasionado a entrada de água no casco da lancha. As testemunhas também relataram que os coletes salva-vidas não tiveram efeito útil, o que indica que provavelmente estavam vencidos.

Fonte: ROMA NEWS

Comentários

Leia estas Notícias

Acesse sua conta
ou cadastre-se grátis