Dia Mundial dos Manguezais

Ação leva conscientização sobre o ecossistema ao Solar da Beira

A programação será nesta terça-feira (26), a partir das 17h, e contará com palestras, roda de conversa, além de exibição de webséries e curtas-metragens com temáticas voltadas aos manguezais

41 mil famílias paraenses encontram nos mangues uma forma de sobreviver (Enrico Marone / ONG Rare)
41 mil famílias paraenses encontram nos mangues uma forma de sobreviver (Enrico Marone / ONG Rare)

Em comemoração ao Dia Mundial dos Manguezais, celebrado nesta terça-feira (26), uma ação vai levar conscientização sobre a preservação desse ecossistema, ao Solar da Beira, no bairro da Campina, em Belém, a partir das 17h,. A programação busca alertar sobre as vulnerabilidades como o desmatamento e poluição dos ecossistemas, e faz parte da campanha "Julho Verde". O evento é promovido pelas Associações de Usuários das Reservas Extrativistas do Pará, com articulação da ONG Rare e outras instituições, além do apoio da prefeitura de Belém.

Haverá palestras, roda de conversa, atrações musicais e gastronômicas, além de exibição de webséries e curtas-metragens com temáticas voltadas aos manguezais. Ainda haverá a leitura do "Manifesto do Maretório", um documento elaborado coletivamente por lideranças do litoral paraense. O evento encerra com um videomapping, uma prática artística que ilumina prédios e destaca a arquitetura do espaço.

Programação completa

  • 17h - Palestra e roda de conversa
  • 17h – 17h:15 - "A importância dos manguezais amazônicos", com Willian Fernandes, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha (CEPNOR - ICMBio)
  • 17h:15 – 17h:30 - "Os trabalho dos povos da maré e a manutenção do ecossistema", com Patrick Passos, da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap)
  • 17h:30 – 17h:45 - "Impacto das atividades humanas nos manguezais amazônicos e engajamento social", com Raqueline Monteiro
  • 17:45h – 18h: Perguntas e Respostas
  • 18h - Cine Mangue

- Exibição das webséries "Mães do Mangue" e "Pesca para sempre - Manguezais e mudanças Climáticas, além dos curtas metragens de animação "Manguezita e Júlia" e "Manguezais e mudanças climáticas", seguido de debate.

  • 18h30 - Manifesto do Maretório

- Leitura do Manifesto com Sandra Regina

  • 19h às 21h - Atrações culturais

- Videomapping com Kauê Bentes
- Grupo Iaçá de carimbó
- Degustração de caldo de Turu do Toró Gastronomia Sustentável

41 mil pessoas atuam como extrativistas em áreas costeiras no Estado

No Pará, estima-se que 41 mil pessoas atuam como extrativistas nas áreas costeiras, exercendo o papel de protetoras dos mangues devido às práticas de extração do pescado e do marisco de forma sustentável.

Dentre a riqueza dos mangues, os peixes compõem a biodiversidadeDentre a riqueza dos mangues, os peixes compõem a biodiversidade (Enrico Marone / ONG Rare)

De acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), os manguezais atuam na redução do CO2 responsável pelo aquecimento global. Isso porque o solo desses ecossistemas armazena até cinco vezes mais este gás do que as florestas tropicais, que, consequentemente, regula o clima no planeta.

A gerente de campanhas da Rare, Bruna Martins, destaca que o "Julho Verde" tem promovido ações para cuidado, defesa e proteção dos manguezais junto às bases comunitárias dos mangues localizados no Pará. Foram realizadas atividades nas reservas do estado ao longo de todo o mês de julho.

Nas comunidades a extração é realizada de forma sustentávelNas comunidades a extração é realizada de forma sustentável (Enrico Marone / ONG Rare)

Renilde Piedade, líder comunitária da Reserva Extrativista Marinha Mocapajuba, localizada em São Caetano de Odivelas, relata que é o segundo ano que a comunidade participa da campanha e ela já conta os benefícios. "Fizemos ações como a instalação de placas indicando que somos uma Unidade de Conservação, demos início ao cadastro das famílias e da criação da rede de mulheres das Resex, abrimos diálogo com a prefeitura. Isso também é cuidar do mangue e nos fortaleceu. Eu moro e vivo dentro da Resex", disse Renilde.

(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão do coordenador do Núcleo de Atualidades, João Thiago Dias)

Fonte: OLIBERAL.COM

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