OÁSIS URBANO

Bosque Rodrigues Alves comemora 138 anos com a entrega de novos espaços

Parque Zoobotânico Bosque Rodrigues Alves, oásis no cenário urbano de Belém
Parque Zoobotânico Bosque Rodrigues Alves, oásis no cenário urbano de Belém

Um fragmento de floresta viva em meio ao cenário urbano de Belém. É possível definir dessa forma o Jardim Zoobotânico Bosque Rodrigues Alves que, nesta quarta-feira, 25, completa 138 anos de existência. Inaugurado em 25 de agosto de 1883, o espaço é herança do auge da época do Ciclo da Borracha em Belém. Para comemorar o aniversário do Bosque, a Prefeitura de Belém entrega novos espaços no local.

Uma das novidades no Bosque Rodrigues Alves é que agora o local conta com um Jardim Sensorial, que vai promover experiências de contato com a natureza para pessoas com deficiência visual. Nele, as pessoas cegas poderão estimular outros sentidos como tato e olfato. Além do Jardim Sensorial, também será entregue o Epifitário, que é o espaço destinado à exposição de toda a vegetação suspensa do Bosque, como é o caso do acervo de orquídeas. Outro marco neste aniversário de 138 do Bosque Rodrigues Alves é a reativação da fonte do "Memorial dos Intendentes", que após quatro anos sem funcionar está pronta para ser reativada. O monumento também passou por reparos físicos e paisagísticos.

O diretor do Bosque Rodrigues Alves, Alexandre Mesquita, destaca o que a população de Belém e turistas podem esperar do Bosque Rodrigues Alves nesses 138 anos de existência. "Quando assumimos a gestão do Bosque sentimos a falta de trazer de volta a cultura paraense para dentro do Bosque. A população pode aguardar isso. Além disso, iremos oferecer mais opções de diversão e contato com a natureza no local", declara.

Para o agente de portaria Carlos Alberto da Silva Sousa, que já trabalha no local há 29 anos, ver o Bosque completar 138 anos é uma dádiva. "Os sentimentos são os melhores pelo Bosque. Eu sinto muita ternura e gratidão por tudo o que ele me ensinou em todos esses anos de trabalho aqui. A mensagem que eu deixo é que ele continue sempre assim, de portas abertas para as pessoas de Belém e fazendo parte das vidas delas", fala o servidor.

É indiscutível que o Bosque Rodrigues Alves carrega consigo memórias. As pessoas que tiveram a oportunidade de conhecê-lo sabem bem o que é isso. Como, por exemplo, o casal Rodrigo Brito e Nina Fayol. Os universitários fazem questão de pontuar que o Bosque tem significado especial em suas vidas. "O Bosque representa muito a minha infância. Eu vinha muito aqui quando era criança. É um local histórico para a gente e para o povo paraense", diz Rodrigo.

Nina Fayol descreve o sentimento que ela tem pelo Bosque, fazendo votos de proteção ao Jardim Zoobotânico de Belém. "O sentimento é de gratidão por ele estar aqui há tanto tempo mantendo a parte verde de Belém no meio de tanta urbanização. Preservação é o que eu desejo para o Bosque em seu aniversário", afirma a universitária.

Arborização adequada

O titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), o engenheiro agrônomo Sérgio Brazão, destaca que a política pública geral para Belém é plantar árvores adequadas em locais apropriados, uma vez que a cidade possui apenas 22,4% de arborização de vias, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010.

"Isso torna Belém uma das cidades grandes menos arborizadas do Brasil. Para arborizá-la, um grande estudo foi feito e pretendemos plantar em áreas de baixadas, de calçadas estreitas e largas, e em áreas de solo profundo e nos rasos, de forma que, para cada uma delas, teremos uma árvore adequada".

As árvores para Belém são produzidas em massa na Granja Modelo. "Ela é nosso modelo de produção de mudas, uma estratégia da prefeitura para produzir mudas com baixo custo e alta qualidade, com pessoal técnico e especializado. Queremos dobrar a arborização que existe na cidade, localizada próximo à linha do Equador e considerada quente. Precisamos conviver com ambientes sombreados", ressalta Brazão.

Bosque Rodrigues Alves é símbolo de política ambiental

Como símbolo dessa política ambiental para Belém, o Bosque Rodrigues Alves é uma Unidade de Conservação que, ao mesmo tempo, foi levada à categoria de Jardim Botânico. "O Bosque demonstra a vegetação original que existia no ambiente, o qual hoje é preenchido pela cidade. Esse ambiente é preservado e não introduzimos nenhuma espécie nova dentro dele, para que ele mantenha sua característica de ambiente original", afirma o secretário de Meio Ambiente.

O titular da Semma frisa que, fora essa característica de ser representante da vegetação amazônica, o Bosque possui grande importância ambiental, assim como outras Unidades de Conservação que serão criadas neste governo para a cidade de Belém, para que elas atuem como regulador das temperaturas dos ambientes onde elas estão.

"As Unidades que existem serão preservadas. Em setembro, temos como planejamento preservar e decretar como Unidades de Conservação a Ilha de Cotijuba e de uma área na beira do rio Maguari, no Tenoné. Outras virão em seguida se somando ao Bosque e ao Museu Emílio Goeldi. Assim, esperamos obter qualidade de vida e ambiental mais agradável para a cidade".

Serviço:

O horário de funcionamento atual do Bosque Rodrigues Alves é de quarta-feira a domingo, das 9h às 14h. A entrada custa R$ 2. O Bosque está localizado na avenida Almirante Barroso, nº 2.305, no bairro do Marco. Mais informações: (91) 98036-6622/ 98230-2988.


Texto:

Fabricio Lopes

Colaboração:
Cleide Magalhães

Fonte: Com Informações da Agência Belém

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