No auge dos seus 50 anos de idade, do qual se orgulha muito em dizer, o cantor paraense Leemax abre o coração, fala sobre carreira, aparição no "Sons do Pará" na TV Liberal, início de carreira, novo projeto e também sobre quem é seu(a) participante favorito (a) do Big Brother Brasil da TV Globo.
A entrevista foi bastante leve e descontraída. Leemax é natural de Belém do Pará, nascido na santa Casa de Misericórdia do Pará, iniciou sua carreira aos 19 anos de idade, mas desde os 11 anos havia se conectado a música. Suas influências musicais, que vieram através de seus pais, foram de Maria Bethania a Betles, assim como Reginaldo Rossi, Julio Iglesias, Fábio Junior... "com 13 anos, fui numa rádio local, onde tinha um locutor amigo, e pedi pra ele pra usar o estúdio, para gravar em cima de um playback, "Dona", do Roupa Nova..." comentou Leemax.
O cantor relembra com carinho que sua avó, dona Linda Oliveira, tinha sido cantora de rádio local. "Minha mãe diz que puxei a 'alma de artista' dela".
Leemax relembrou as dificuldades de ser um artista local aos 19 anos de idade, lembrou que seu primeiro show foi no 'Waldemar Henrique' assim que iniciou sua carreira solo "acho que apoio cultural, financeiro, sempre será uma grande dificuldade. Hoje em dia existem mais editais de apoio, mas poucos com recurso direto. Na parte artística, não tinha dificuldades... sempre soube o que eu queria com minha arte".
ENTREVISTA:
Romulo Santana: Algum trabalho novo vindo por aí?
Leemax: atualmente estou trabalhando meu álbum autoral, "Livro de Canções Para o Corpo". Gravei esse clipe que rolou no Sons do Pará, mas, já está disponível no Youtube e tem versões para PCD, em Libras e Audiodescrição.
Romulo Santana: Sobre a aparição no Sons do Pará, como surgiu, você sentiu que as pessoas reagiram positivamente?
Leemax: Ao contrário do que muita gente pensa, o Sons do Pará é uma seleção, achei bem democrática. Você envia seu material eles analisam, vc obedece alguns critérios técnicos de audiovisual e se pronto... foi assim. Eu me assustei um pouco com a repercussão, não passava por esse tipo de exposição há tempos, e nas redes tudo vira assunto e todos tem um opinião sobre, então apesar de 95% das mensagens serem de carinho e admiração, me deparei com algumas opiniões, digamos, desconfortáveis....rs -Mas assimilei rápido o que era esse fenômeno e como eu disse o saldo foi beeeemmm mais positivo. Amei a experiência e gostaria de repeti-la com o próximo clipe. A nossa sociedade como um todo tem sofrido bastantes de vários tipos de preconceito, no meu caso, a homofobia e o ageísmo. Mas, mato no peito e enfrento. Sou muito seguro do que eu faço, sem falsa modéstia.
Romulo Santana: Você poderia me falar um pouco sobre qual foi seu primeiro trabalho como cantor e em que ano foi lançado?
Leemax: Meu primeiro single, gravado e lançado foi "Garoto de Aluguel" de Zé Ramalho, num arranjo que intitulei de "Taxiboy"... era moderno e se distanciava bastante da versão MPB. Na época morava no Rio, tive a benção do Zé e vim lançar em Belém. O ano era... 2000, acho.... sou péssimo de datas....
Romulo Santana: além de cantar, tem mais algum talento na manga? (compõe, toca algo, arranha algum instrumento?)
Leemax: comecei como intérprete. Já escrevia, mas, sempre achava as coisas dos outros mais interessantes, tanto que só agora lancei um álbum totalmente autoral. Comei no teatro musical, toco pessimamente violão, e as vezes uso pra compor... Gosto de arte digital, e já fiz algumas capas... não só minhas, mas, de amigos.... já estou afastado da atuação há bastante tempo, precisaria de um super diretor pra conseguir atuar hoje em dia, mas, me seduz.
Romulo Santana: Agora... Pra quebrar um pouco o gelo, nada melhor que falar de comida né mesmo? Um assunto que acho que todo mundo adora (risos). E falando nisso, qual a comida preferida do Leemax, da culinária paraense?
Leemax: sem titubear, MANIÇOBA.... era o que eu sentia mais falta no tempo que morei fora.... rs.... me satisfazia até com o que eu encontrava no Rio de Janeiro... que era só uma maniva com costela... meio sem graça. Quando chegava em Belém, ia na Jurídica matar minhas saudades...rs
Romulo Santana: Leemax, gosta de BBB?
Leemax: Gosto sim, tenho minhas críticas ao programa, mas, assisto, me envolvo, torço, brigo...rs
Romulo Santana: Então, a pergunta que não quer calar... Quem você quer que ganhe o prêmio de 1,5 milhões de reais?
Leemax: Meu pódio é Juliette, Camila e João :)
Romulo Santana: Leemax por Leemax... Como você se define?
Leemax: Acho egóico me definir... sei o que dizem e concordo com algumas coisas. Dizem que mudo muito, que sou "digital má influencer", proibido para menores. Mas, se for pra me definir, sou artista. Como pessoa, a metamorfose.
Romulo Santana: Você gostaria de falar algo sobre a pandemia?
Leemax: A pandemia é uma desgraça mundial, algo que as pessoas do nosso século não pensavam ser possível. Não vejo lado bom, apesar de precisarmos ver algo bom, produzir algo bom, algo pra entreter e acalentar um pouquinho os corações.
Romulo Santana: Uma mensagem para os fãs/amigos/ou colegas artistas...
Leemax: Que sejamos mais empáticos, mais abertos, que nos movimentemos pelo amor. Menos preconceito e que esqueçamos o nosso ego. A música boa é aquela que faz alguém sentir e ela pode se manifestar nos mais variados gêneros. Basta de elitismo nas artes. Arte não se mede, se sente. Muito obrigado pelo apoio, carinho e respeito comigo e com o meu trabalho.
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